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Governo polonês anuncia "tolerância zero" contra totalitarismo

O anúncio ocorre após uma reportagem sobre o culto ao nazismo que derivou em detenções de seguidores dessa ideologia

Polônia: "não se tolerará nenhuma manifestação ou ato para promover ou glorificar os sistemas totalitários criminosos" (Carsten Koall/Getty Images)

Polônia: "não se tolerará nenhuma manifestação ou ato para promover ou glorificar os sistemas totalitários criminosos" (Carsten Koall/Getty Images)

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EFE

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 17h08.

Varsóvia - O governo da Polônia terá "tolerância zero" com quem defender ideias totalitárias no país, garantiu nesta quinta-feira o ministro do Interior, Joachim Brudzinski, após uma reportagem televisiva sobre o culto ao nazismo que derivou em detenções de seguidores dessa ideologia.

"(Na Polônia) não se tolerará nenhuma manifestação ou ato para promover ou glorificar os sistemas totalitários criminosos, as formas mais sangrentas do totalitarismo na história", declarou Brudzinski no parlamento polonês, em referência ao nazismo e ao comunismo soviético,

A exibição no final de semana passado de uma reportagem em que dois jornalistas infiltrados gravam com uma câmera escondida a comemoração do aniversário de 128 anos do nascimento de Hitler fez com que a procuradoria decidisse examinar as atividades de grupos neonazistas.

Até o momento já foram detidas seis pessoas vinculadas ao grupo de ultradireita Orgulho e Modernidade, cujos membros comemoraram o aniversário de Hitler em uma floresta, entre suásticas em chamas e estandartes nazistas, segundo mostra a reportagem.

Este agrupamento é o mesmo que em novembro do ano passado exibiu fotografias de eurodeputados poloneses da oposição na forca durante uma manifestação nacionalista em Katowice, no sul da Polônia.

A oposição vê na reportagem o auge das ideologias extremistas na sociedade polonesa durante os últimos anos e denuncia o governo por não combater os grupos radicais, que participam sem restrições na manifestação que a cada 11 de novembro festeja em Varsóvia a independência da Polônia.

O radicalismo também está muito presente nas torcidas dos clubes de futebol, onde são frequentes os símbolos nacionalistas e xenófobos.

Ontem o presidente polonês, Andrzej Duda, disse que não se pode permitir que tais organizações existam na Polônia, e lembrou que Adolf Hitler "foi o responsável pela destruição da Polônia e de outras nações, sobretudo a nação judaica".

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