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Governo peruano decreta estado de emergência na província de Espinar

Duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos confrontos entre policiais e camponeses que apoiam greve contra a mineradora suíça Xstrata

Os habitantes convocados pela Frente de Defesa de Espinar chegaram nesta segunda-feira até a jazida (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 23h52.

Lima .- O governo do Peru decretou nesta segunda-feira estado de emergência na província de Espinar, onde duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos confrontos entre policiais e camponeses que apoiam uma greve por tempo indeterminado contra a mineradora suíça Xstrata.

A decisão foi anunciada no Palácio do Governo de Lima pelo presidente do Conselho de Ministros, Óscar Valdés, que pediu aos habitantes de Espinar que suspendam sua medida de força e reiniciem o diálogo com as autoridades.

Valdés, que esteve acompanhado pelos ministros do Interior, de Energia e Minas e do Meio Ambiente, confirmou que após os enfrentamentos com a Polícia os manifestantes também tomaram um promotor como refém.

Segundo o decreto, o estado de emergência foi ditado para garantir a segurança e o livre trânsito na zona, assim como para 'a plena vigência dos direitos fundamentais'.

A medida, que estará vigente durante 30 dias e entrega o controle da ordem interna à Polícia, compreende a suspensão de garantias relativas à liberdade de ir e vir e reunião, à segurança pessoal e à inviolabilidade de domicílio.


O ministro do Interior, Wilver Calle, confirmou, por sua parte, que duas pessoas morreram nos enfrentamentos e disse que a Polícia teve que responder quando os manifestantes promoveram 'ataques, provocações e medidas de força, com queima de pastagem e lançamento de pedras'.

Calle informou que 30 policiais foram feridos nesta segunda-feira, somando-se aos 46 lesionados no domingo, e denunciou que os manifestantes 'estão fazendo o promotor sequestrado caminhar sem sapatos nessa zona agreste e fria' rumo a Espinar.

O prefeito de Espinar, Oscar Mollohuanca, declarou que as duas pessoas morreram por disparos de armas de fogo e que outro manifestante está ferido em estado grave.

Mollohuanca assegurou que os protestos têm origem política e enfatizou que os habitantes exigem a análise da degradação ambiental provocada pela jazida de cobre Tintaya, que é explorada pela Xstrata nessa província do sudeste do Peru.

Os habitantes convocados pela Frente de Defesa de Espinar chegaram nesta segunda-feira até a jazida, situada 4.100 metros acima do nível do mar, mas seu ingresso foi impedido pela Polícia, que usou bombas de gás lacrimogêneo.

Os manifestantes exigem que a Xstrata, que produziu 74.261 toneladas de cobre concentrado em 2011, modifique o convênio assinado com Espinar e aumente o valor que paga a essa província pela exploração.

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A decisão foi anunciada no Palácio do Governo de Lima pelo presidente do Conselho de Ministros, Óscar Valdés, que pediu aos habitantes de Espinar que suspendam sua medida de força e reiniciem o diálogo com as autoridades.

Valdés, que esteve acompanhado pelos ministros do Interior, de Energia e Minas e do Meio Ambiente, confirmou que após os enfrentamentos com a Polícia os manifestantes também tomaram um promotor como refém.

Segundo o decreto, o estado de emergência foi ditado para garantir a segurança e o livre trânsito na zona, assim como para 'a plena vigência dos direitos fundamentais'.

A medida, que estará vigente durante 30 dias e entrega o controle da ordem interna à Polícia, compreende a suspensão de garantias relativas à liberdade de ir e vir e reunião, à segurança pessoal e à inviolabilidade de domicílio.


O ministro do Interior, Wilver Calle, confirmou, por sua parte, que duas pessoas morreram nos enfrentamentos e disse que a Polícia teve que responder quando os manifestantes promoveram 'ataques, provocações e medidas de força, com queima de pastagem e lançamento de pedras'.

Calle informou que 30 policiais foram feridos nesta segunda-feira, somando-se aos 46 lesionados no domingo, e denunciou que os manifestantes 'estão fazendo o promotor sequestrado caminhar sem sapatos nessa zona agreste e fria' rumo a Espinar.

O prefeito de Espinar, Oscar Mollohuanca, declarou que as duas pessoas morreram por disparos de armas de fogo e que outro manifestante está ferido em estado grave.

Mollohuanca assegurou que os protestos têm origem política e enfatizou que os habitantes exigem a análise da degradação ambiental provocada pela jazida de cobre Tintaya, que é explorada pela Xstrata nessa província do sudeste do Peru.

Os habitantes convocados pela Frente de Defesa de Espinar chegaram nesta segunda-feira até a jazida, situada 4.100 metros acima do nível do mar, mas seu ingresso foi impedido pela Polícia, que usou bombas de gás lacrimogêneo.

Os manifestantes exigem que a Xstrata, que produziu 74.261 toneladas de cobre concentrado em 2011, modifique o convênio assinado com Espinar e aumente o valor que paga a essa província pela exploração.

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