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Governo move presos para alvos na Síria, diz oposição

Regime está transferindo um grande número de presos para lugares que podem ser alvos militares, denunciou Coalizão Nacional Síria

Soldados do Exército Livre Sírio com suas armas: "o regime transfere civis detidos sem julgamento a lugares que poderiam ser alvo de combates" disse oposição (Molhem Barakat/Reuters)

Soldados do Exército Livre Sírio com suas armas: "o regime transfere civis detidos sem julgamento a lugares que poderiam ser alvo de combates" disse oposição (Molhem Barakat/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 11h17.

Istambul - O regime de Damasco está transferindo um grande número de presos para lugares que podem ser alvos militares, denunciou nesta quinta-feira em Istambul o porta-voz da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), Khaled Saleh.

"Há alguns dias, o regime transfere civis detidos sem julgamento a lugares que poderiam ser alvo de combates, como são algumas instalações militares", afirmou Saleh durante uma entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira em Istambul.

"Temos contatos dentro das prisões; alguns conseguem telefones celulares subornando os guardas e seguimos as pistas de vários prisioneiros importantes. Os mais importantes estão muito vigiados, mas quando há 200 mil ou 300 mil presos, é impossível controlar todos", indicou o porta-voz.

Saleh se mostrou propício a uma eventual intervenção militar dos Estados Unidos, embora tenha assumido que só teria um alcance limitado.

"Se decidirem invadir, algo que ainda não foi decidido, não é para mudar o regime, mas para pôr fim ao uso de armas químicas. Entendemos e achamos que é um passo na direção correta", assinalou o porta-voz da CNFROS.

De todas formas, a mera ameaça já favoreceu a oposição porque nos últimos dias as deserções de militares aumentaram, e elas tinham reduzido nos últimos meses.

"Vários altos oficiais tiraram o uniforme e saíram como civis para o Líbano e outros países. Eles já preveêm como acabará tudo: se for tomada a decisão de bombardear, sua vida está em risco", disse.

Dos aproximadamente 275 mil soldados com os quais o Exército sírio contava a princípio, agora só restam 70 mil ou 80 mil, motivo pelo qual Assad teve que recorrer à milícia xiita libanesa Hezbollah, enquanto o opositor Exército Livre da Síria (ELS) conta com cerca de 90 mil combatentes, mas sem armamento pesado, estimou Saleh.

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