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Governo interino da Bolívia anuncia ruptura de relações com a Venezuela

O governo interino denunciou que pessoas ligadas à embaixada da Venezuela em La Paz estavam atacando a segurança interna

Supporters of the Venezuelan opposition leader Juan Guaido, who many nations have recognized as the country's rightful interim ruler, take part in a rally to demand President Nicolas Maduro to allow humanitarian aid to enter the country, in Caracas, Venezuela February 23, 2019. REUTERS/Carlos Jasso (Carlos Jasso/Reuters)

Supporters of the Venezuelan opposition leader Juan Guaido, who many nations have recognized as the country's rightful interim ruler, take part in a rally to demand President Nicolas Maduro to allow humanitarian aid to enter the country, in Caracas, Venezuela February 23, 2019. REUTERS/Carlos Jasso (Carlos Jasso/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de novembro de 2019 às 17h50.

La Paz - O governo interino da Bolívia anunciou nesta sexta-feira a ruptura das relações com o executivo de Nicolás Maduro, denunciando que pessoas ligadas à embaixada da Venezuela em La Paz estavam atacando a segurança interna.

A ministra interina das Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, alegou à imprensa em La Paz que, como houve uma mudança de governo no país, o Executivo atual será coerente com os princípios da democracia, do respeito aos direitos humanos e da Carta Democrática da Organização dos Estados Americanos (OEA). "É claro que vamos romper as relações com o governo de Maduro", declarou o diplomata.

"Reconhecemos uma Venezuela democrática, ainda mais agora que vimos que os venezuelanos ligados à embaixada venezuelana cometeram atos contrários à lei e atacaram a segurança interna da Bolívia", acrescentou.

Longaric também anunciou que, com base nas provas que o Ministério do Governo tem a respeito desses fatos, o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia dará a todo o pessoal da Embaixada venezuelana o prazo correspondente para deixar o país. "Eles estiveram envolvidos em assuntos internos do Estado", denunciou.

A ministra interina explicou que usa como base a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. "Quando o Estado anfitrião ou receptor descobre que esses funcionários diplomáticos violaram as regras da diplomacia por diferentes razões, são declarados desagradáveis", justificou.

De acordo com Longaric, há evidências contundente de que esses venezuelanos se envolveram em manifestações violentas na semana passada e foram encontrados portando armas de fogo e uniformes, entre outras coisas.

Evo Morales vinha sendo um aliado ideológico da Venezuela, uma nação com a qual a Bolívia mantém laços históricos e de cooperação iniciados por Hugo Chávez e que são mantidos por Maduro.

O governo de Maduro descreveu a renúncia de Morales à presidência boliviana como um golpe de Estado e rejeitou o que considerou ser uma "autoproclamação" da senadora da oposição Jeanine Áñez para assumir a presidência provisória do país.

Áñez atua como presidenta desde a última terça-feira, um dia depois que Evo Morales deixou o país rumo ao México, onde está asilado.

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