Mundo

Governo do Quênia identifica líder do ataque à universidade

Governo ofereceu uma recompensa de cinco milhões de xelins (cerca de 50 mil euros) por qualquer informação que leve à detenção de Mohammed Kuno


	Soldados quenianos na cidade de Garissa: governo ofereceu uma recompensa de cinco milhões de xelins (cerca de 50 mil euros) por qualquer informação que leve à detenção de Kuno
 (Will Boase/AFP)

Soldados quenianos na cidade de Garissa: governo ofereceu uma recompensa de cinco milhões de xelins (cerca de 50 mil euros) por qualquer informação que leve à detenção de Kuno (Will Boase/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2015 às 12h02.

Nairóbi - O governo do Quênia identificou nesta quinta-feira Mohammed Kuno, ex-professor de Garissa, como o líder que está por trás do ataque da Al Shabab na universidade da cidade, que terminou com pelo menos 15 mortos e 65 feridos, informaram os meios de comunicação locais.

O governo ofereceu uma recompensa de cinco milhões de xelins (cerca de 50 mil euros) por qualquer informação que leve à detenção de Kuno, que está foragido desde dezembro, segundo o "Daily Nation".

As forças de segurança o identificaram então como o comandante regional da Al Shabab que teria planificado dois massacres que deixaram 58 mortos no distrito de Mandera, no nordeste do país, no final do ano passado.

Segundo relatório de segurança ao qual teve acesso o mesmo jornal, Kuno é um antigo professor de um madraçal (escola corânica) de Garissa e utiliza até três apelidos: Sheikh Mahamad, Dulyadin e Gamadheere.

Kuno se uniu à militância islamita quando ainda existia a União das Cortes Islâmicas (UCI), que acabaria se separando em vários grupos, entre os quais depois se destacaria o Al Shabab, no qual entrou em 2009, segundo o mesmo jornal.

O relatório também adverte que Kuno costuma utilizar membros de sua família para realizar os ataques que planeja e que atualmente é o líder da Al Shabab na região somali de Juba, que faz fronteira com as províncias quenianas mais afetadas pelos ataques do último ano: Mandera, Wajir, Garissa e Lamu.

Pelo menos 15 pessoas morreram e outras 65 ficaram feridas em um ataque perpetrado hoje na Universidade de Garissa e reivindicado pelo grupo islamita Al Shabab.

Os fatos ocorreram por volta das 5h30 local (23h30, em Brasília), quando os atacantes entraram no recinto universitário e começaram a disparar indiscriminadamente e detonaram vários artefatos explosivos.

Os atacantes conseguiram chegar às residências do campus após enfrentar os policiais que cuidavam da entrada desta zona em um tiroteio, explicou o inspetor geral da polícia, Joseph Boinnet, que se encontra no local.

Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à Al Qaeda e luta para instaurar um Estado islâmico de corte wahhabista na Somália, foi incluída em março de 2008 na lista de organizações consideradas terroristas pelo governo americano.

Acompanhe tudo sobre:Ensino superiorFaculdades e universidadesQuêniaSequestros

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua