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Governo diz que Filipinas não está preparada para casamento gay

Duterte se posicionou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e afirmou que a lei só reconhece as uniões entre homens e mulheres nas Filipinas

Nas Filipinas 85% da população é católica (Ezra Acayan/Reuters)

Nas Filipinas 85% da população é católica (Ezra Acayan/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de junho de 2018 às 10h50.

Manila - O Governo de Rodrigo Duterte considera que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma "ideia revolucionária demais" para as Filipinas e que o país não está preparado ainda para esse debate.

"Há um momento adequado para alguns assuntos. Acredito que a Corte Suprema e o país ainda não estão prontos para o casamento entre pessoas do mesmo sexo", afirmou nesta quinta-feira Harry Roque, porta-voz de Duterte, em entrevista coletiva em Manila transmitida pela televisão.

O porta-voz presidencial se referia assim à primeira audiência pública que aconteceu esta semana na Corte Suprema para escutar os argumentos de diversos grupos LGTBI (Lésbicas, Gays, Transexuais, Bissexuais e Intersexuais) a favor do casamento gay.

Em março de 2017, o polêmico Duterte se posicionou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e afirmou que a lei só reconhece as uniões entre um homem e uma mulher nas Filipinas, país onde mais de 85% da população é católica.

No entanto, em dezembro desse ano o presidente mudou de opinião e declarou estar "totalmente de acordo" com o casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma postura que também defendeu durante sua campanha eleitoral em 2016.

"Houve um tempo em que disse que era contra, houve um momento em que disse que era a favor. Isto é fluido", explicou Roque sobre a postura oficial do Governo a respeito.

Grupos defensores dos direitos LGTBI pediram esta semana à Corte Suprema que se declarem inconstitucionais os artigos 1 e 2 do código de família de 1987, nos quais o casamento se restringe à união entre um homem e uma mulher.

O casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido atualmente em 26 países no mundo todo, embora nenhuma nação asiática tenha legalizado ainda esse tipo de união.

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