Manifestações populares na Islândia: após renúncia do primeiro-ministro, eleições gerais, marcadas para 2017, deverão ser antecipadas para este ano. (Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2016 às 06h49.
Nova York - O governo de coalizão da Islândia, abalado pelas revelações de que a família do primeiro-ministro David Gunnlaugsson possuía holdings em uma companhia offshore, disse nesta quarta-feira que concordou em uma nova liderança.
Os membros da coalizão disseram que Gunnlaugsson renunciou e seria sucedido por um aliado próximo, o ministro da Agricultura, Sigurdur Ingi Johannsson.
As eleições gerais, definidas para acontecer na primavera de 2017, acontecerão agora no outono do Hemisfério Norte, de acordo com declarações de uma autoridade islandesa à TV do país.
A mudança de gabinete vem em meio a um protesto público, que eclodiu nesta segunda-feira, quando Gunnlaugsson havia dito que tinha conexões com uma companhia registrada em um paraíso fiscal caribenho, confirmando as revelações contidas nos "Panama Papers".
O próximo passo para Johannsson, um ex-fazendeiro e ex-veterinário, é conquistar a aprovação do presidente Olafur Ragnar Grímsson.
Bjarni Benediktsson, líder do parceiro da coalizão, o Partido da Independência, vai continuar como ministro das finanças, de acordo com seu porta-voz. As demais nomeações ministeriais serão anunciadas na quinta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.