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Governo da Namíbia autoriza abate de elefante e causa revolta de ativistas

O governo alegou que temia os agricultores da área de Omatjete cumprirem a ameaça de matar elefantes que estão destruindo suas propriedades

Elefante: o governo da Namíbia autorizou o abate do animal e pagou o equivalente a US$ 8.5000 ao caçador (Imelda Medina/Reuters)
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Reuters

Publicado em 2 de julho de 2019 às 20h29.

Última atualização em 2 de julho de 2019 às 21h21.

Windhoek — A morte de um elefante macho alfa de 50 anos, na Namíbia, causou revolta de grupos de conservação e de turismo, que acusaram o governo de autorizar a caça do animal sem um bom motivo.

O elefante foi abatido na semana passada na área de Omatjete, 230 quilômetros ao norte da cidade litorânea de Swakopmund, por um caçador indicado pelo governo. O caçador recebeu o equivalente a 8.500 dólares por essa tarefa. Antes, as autoridades o declararam um "animal causador de problemas".

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O elefante, conhecido popularmente como "Voortrekker", era parte de um rebanho raro adaptado ao deserto de Ugab.

"É uma infelicidade que o elefante tenha sido abatido, mas não nos restou nenhuma outra alternativa depois que ele continuou a causar danos a propriedades", disse o porta-voz do Ministério do Meio Ambiente e do Turismo, Romeo Muyunda, à Reuters nesta terça-feira (2).

Muyunda disse que o ministério deu permissão para o abate de Voortrekker porque o governo temia que os agricultores que moram na área de Omatjete cumprissem sua ameaça de matar elefantes que estão destruindo suas propriedades.

 

"Foi melhor para nós fazer desta maneira do que ignorá-lo e permitir que a comunidade faça justiça com as próprias mãos e destrua todos os elefantes", disse.

Conservacionistas próximos da área de proteção de Ohungu, onde o elefante foi morto, questionaram o abate do animal dizendo que os elefantes não entram em suas comunidades.

"Entendemos que queixas de comunidades que vivem na área de Omatjete foram recebidas. A população de elefantes do deserto do oeste de Ugab não entra nestas comunidades", disse a entidade de conservação.

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