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Governo da Colômbia e ELN anunciam plano para retirada de minas

A Colômbia é o segundo país do mundo mais afetado por minas antipessoais, depois do Afeganistão

ELN: as minas deixaram 11.500 vítimas, incluindo 2.000 mortos, em território colombiano (Carlos Villalon/Getty Images)

ELN: as minas deixaram 11.500 vítimas, incluindo 2.000 mortos, em território colombiano (Carlos Villalon/Getty Images)

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AFP

Publicado em 6 de abril de 2017 às 21h03.

O governo da Colômbia e o ELN, única guerrilha ativa do país, anunciaram nesta quinta-feira no Equador que impulsionarão um plano de retirada humanitária de minas, durante os diálogos para superar um conflito armado de mais de meio século.

"No próximo ciclo trabalharemos em um processo para desenvolver um programa piloto de retirada humanitária de minas" em uma área a definir, disse Juan Meriguet, representante do Equador, um dos seis países patrocinadores das negociações, ao ler um comunicado conjunto.

O segundo ciclo será retomado em 3 de maio, afirmaram as partes, que discutirão sobre "dinâmicas e ações humanitárias" e a "participação da sociedade" no processo de paz.

A Colômbia é o segundo país do mundo mais afetado por minas antipessoais, depois do Afeganistão.

Estes artefatos deixaram 11.500 vítimas, incluindo 2.000 mortos, em território colombiano, segundo cifras oficiais.

As minas "são um dos temas mais angustiantes e tristes da história do conflito na Colômbia", disse o chefe negociador do governo, Juan Camilo Restrepo, acrescentando que tem o "agravante" de que não se sabe "com certeza" os locais onde estão instalados estes artefatos.

"A busca e desativação delas é um dos trabalhos [...] mais delicados acarretados pelo pós-conflito na Colômbia", acrescentou Restrepo.

O chefe negociador do governo pediu ao ELN que "também colabore com as equipes para a retirada das minas na área estabelecida, tentando recordar onde" foram colocadas as minas.

Pablo Beltrán, chefe negociador do ELN, expressou que ações humanitárias como a retirada das minas, que estará a cargo da força pública, servirão para progressivamente "diminuir a intensidade do conflito" armado.

Além do Equador, os outros países patrocinadores dos diálogos são Brasil, Chile, Cuba, Noruega e Venezuela.

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