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Governo congolês e rebeldes do M23 negociarão em breve

As conversas incluirão também outros grupos armados, representantes da sociedade civil e parlamentares da oposição


	Soldados do Exército Nacional do Congo em Minova
 (Phil Moore/AFP)

Soldados do Exército Nacional do Congo em Minova (Phil Moore/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 19h35.

Kinshasa - As negociações de paz entre o Governo da República Democrática do Congo (RDC) e o movimento rebelde M23 começarão em breve em Campala, confirmou nesta terça-feira à Agência Efe o ministro do Interior congolês, Richard Muyej.

As conversas incluirão também outros grupos armados, representantes da sociedade civil e parlamentares da oposição, afirmou o ministro sem precisar data alguma para o início do processo negociador.

''As negociações levarão em conta as reivindicações de todos os grupos rebeldes. Não haverá privilegiados nas negociações'', disse Muyej, ao ressaltar que alguns negociadores já estão em Campala.

''Estas serão negociações que incluirão todo mundo. Esse é o objetivo. Nenhum grupo ficará esquecido'', declarou o titular de Interior em Goma, capital da província oriental de Kivu do Norte, que o M23 tomou no dia 20 de novembro e que abandonou dias depois após um acordo pactuado com o Governo.

O ministro não concretizou se o presidente da RDC, Joseph Kabila, irá pessoalmente às negociações em Campala e se limitou a dizer que vai participar, ''seguramente, no final das discussões''.

O M23 é formado por soldados congoleses amotinados e supostamente fiéis ao rebelde Bosco Ntaganda, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade.

Ntaganda se integrou há três anos nas forças da RDC ao contribuir para a pacificação de Kivu do Norte após ajudar a deter, em 2009, Laurent Nkunda, antigo senhor da guerra e general do Exército.

Os rebeldes se sublevaram em abril passado para protestar contra a perda de poder imposta pelo Governo a seu líder, e renegociar o acordo do dia 23 de março de 2009, que representa sua integração no Exército e dá nome ao grupo.

A RDC está imersa ainda em um frágil processo de paz após a segunda guerra do Congo (1998-2003), que envolveu vários países africanos, e tem desdobrada em seu território uma missão da ONU.

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