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Governo colombiano e Farc retomam diálogo em Cuba

34ª rodada de negociações começou em um clima auspicioso depois de Juan Manuel Santos suspender os bombardeios aéreos contra a guerrilha durante um mês

O chefe da delegação do governo em Havana, Humberto de la Calle: 34ª rodada de negociações começou em um clima auspicioso depois de Juan Manuel Santos suspender os bombardeios aéreos contra a guerrilha durante um mês (Yamil Lage/AFP)

O chefe da delegação do governo em Havana, Humberto de la Calle: 34ª rodada de negociações começou em um clima auspicioso depois de Juan Manuel Santos suspender os bombardeios aéreos contra a guerrilha durante um mês (Yamil Lage/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2015 às 14h49.

Havana - O governo colombiano e a guerrilha das Farc retomaram nesta terça-feira as negociações de paz em Havana, em um dia em que as duas delegações trabalharão em separado.

Esta 34ª rodada de negociações começou em um clima auspicioso depois da decisão adotada há uma semana pelo presidente colombiano Juan Manuel Santos de suspender os bombardeios aéreos contra os acampamentos da guerrilha durante um mês, ao mesmo tempo em que se encontra em vigor há três meses uma trégua unilateral por tempo indefinido das Farc.

A suspensão de bombardeios, chaves na estratégia contra o principal grupo rebelde do país, não é um cessar-fogo bilateral disfarçado, conforme destacou o chefe da delegação do governo em Havana, Humberto de la Calle.

"Esta é uma medida de construção de confiança", acrescentou.

Os negociadores de paz do governo colombiano e da guerrilha também obtiveram ao fim do 33º ciclo de negociações, no último dia 7, um histórico acordo sobre a retirada de minas.

No domingo, dois irmãos de nove e dez anos de idade morreram no departamento de Nariño, oeste da Colômbia, ao pisar em minas antipessoais em uma área rural.

Desde 1990, 11.000 pessoas - 38% das quais são civis - morreram por causa de minas antipessoais na Colômbia. Delas, 2.000 morreram, e 9.000 ficaram feridas, de acordo com números oficiais.

Mais de mil crianças padeceram com o efeito dessas armas, e 235 (21%) morreram, de acordo com a Unidade de Vítimas.

Tanto guerrilhas de esquerda como paramilitares de direita, forças militares e grupos de narcotraficantes utilizaram este método durante o conflito armado no país.

Já as forças militares renunciaram a elas depois da assinatura da Convenção de Ottawa (1997), que proíbe o uso e comercialização de minas.

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