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Governo chinês diz ser difícil atender a apelos por reunião entre Rússia e Ucrânia

Putin elogiou o plano de paz de Pequim para a Ucrânia, que foi amplamente rejeitado e não exige que Moscou devolva as terras que confiscou

Presidente Vladimir Putin aperta a mão do líder chinês Xi Jinping (AFP)

Presidente Vladimir Putin aperta a mão do líder chinês Xi Jinping (AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 31 de maio de 2024 às 18h36.

Última atualização em 31 de maio de 2024 às 19h23.

O governo chinês disse nesta sexta-feira que seria "difícil atender" aos apelos para discussões sobre a guerra Rússia-Ucrânia, citando problemas com acordos que parecem apontar para a posição fortemente pró-Moscou de Pequim. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, afirmou que as esperanças da China parecem difíceis de se concretizar na reunião.

"Ainda existe uma lacuna clara entre os preparativos para a reunião e as exigências do lado chinês, bem como as expectativas gerais da comunidade internacional", disse Mao. Ele não deu detalhes, mas disse que a China "informou as partes interessadas sobre as nossas considerações e preocupações" e que manteria contato com todas as partes envolvidas.

Numa entrevista à agência oficial de notícias chinesa Xinhua, divulgada na quarta-feira, 29, o presidente Vladimir Putin elogiou os seus laços com o líder chinês Xi Jinping, dizendo que "o presidente Xi mantém um estilo de comunicação respeitoso, amigável, aberto e ao mesmo tempo profissional". "Todas as nossas reuniões não são apenas um diálogo entre velhos amigos... mas também uma frutífera troca de pontos de vista sobre as questões mais atuais da agenda bilateral e internacional", disse.

Putin elogiou o plano de paz de Pequim para a Ucrânia, que foi amplamente rejeitado e não exige que Moscou devolva as terras que confiscou, dizendo que "elogiamos as abordagens da China para resolver a crise na Ucrânia". A Suíça propôs negociações para os próximos dias na esperança de pôr fim à guerra, que foi desencadeada pela invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022, mas não foram aprovadas por Moscou ou Kiev.

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