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Governo britânico trabalhará com novas autoridades do Egito

Ministro das Relações Exteriores disse que vai trabalhar com novo governo egípcio, apesar do Reino Unido não apoiar intervenção militar


	William Hague, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido: "vamos ser claros que não apoiamos uma intervenção militar, mas trabalharemos com as autoridades no Egito", disse
 (Kerim Okten/AFP)

William Hague, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido: "vamos ser claros que não apoiamos uma intervenção militar, mas trabalharemos com as autoridades no Egito", disse (Kerim Okten/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 08h55.

Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse nesta quinta-feira que vai trabalhar com as novas autoridades do Egito, apesar de afirmar que o Reino Unido não apoia uma intervenção militar em um sistema democrático.

Em declarações à "BBC", Hague afirmou que o Reino Unido reconhece Estados mais do que governos, por isso tem que trabalhar com qualquer um que esteja em posição de autoridade no Egito.

Segundo explicou, Londres tem que trabalhar com as novas autoridades pela "segurança dos cidadãos britânicos, temos que fazer isso porque há muitas companhias britânicas ali".

"Sempre condeno uma intervenção militar em um sistema democrático. Esta é uma intervenção militar em um sistema democrático. Também temos que entender que é uma intervenção popular, não há dúvidas sobre isso", especificou o ministro.

Hague ressaltou que é preciso "reconhecer a enorme insatisfação no Egito com o que o presidente fez, com a conduta do governo no último ano".

"Sempre vamos ser claros que não apoiamos uma intervenção militar, mas trabalharemos com as autoridades no Egito. Essa é a realidade prática da política externa".

Em comunicado divulgado ontem à noite pelo Foreign Office, Hague pediu que as partes em conflito evitassem a violência e assinalou que "não apoia uma intervenção militar como forma de resolução de disputas em um sistema democrático".

Acrescentou que a situação é "claramente perigosa" e pediu às partes que "mostrem prudência e evitem a violência".

As Forças Armadas egípcias depuseram ontem o presidente Mohamed Mursi, eleito há um ano, e designaram como líder interino do país o presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Adly Mansour, que deverá convocar e supervisionar as próximas eleições presidenciais.

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