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Governo britânico mostra último orçamento antes das eleições

Governo britânico apresentou os orçamentos do Estado, os últimos antes das eleições de 2015


	Reino Unido: "recuperação econômica continua e é mais rápida que o previsto", disse o ministro da Economia britânico, George Osborne
 (Getty Images)

Reino Unido: "recuperação econômica continua e é mais rápida que o previsto", disse o ministro da Economia britânico, George Osborne (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2014 às 15h00.

Londres - O governo britânico apresentou nesta quarta-feira os orçamentos do Estado, os últimos antes das eleições de 2015, que contemplam reduções pontuais de impostos e mantêm o limite às ajudas sociais, em um momento de crescimento da economia.

O governo do primeiro-ministro David Cameron, uma coalizão de conservadores e liberais, apresentou as contas ao Parlamento e anunciou uma revisão para cima das projeções de crescimento para 2014 e 2015: 2,7% e 2,3%, respectivamente, 0,3% e 0,1% acima das estimativas iniciais.

"A recuperação econômica continua e é mais rápida que o previsto", disse o ministro da Economia britânico, George Osborne.

"Estamos crescendo mais rápido que a Alemanha, mais rápido que o Japão, mais que os Estados Unidos. Não há uma grande economia que cresça mais rápido que a Grã-Bretanha atualmente", completou Osborne.

Os novos dados incluem uma revisão do déficit orçamentário pelo Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR), que elabora as previsões oficiais de maneira independente.

Assim, o Reino Unido poderia registrar superávit no ano fiscal 2018/19, segundo Osborne, antes de alertar que "a tarefa está longe de acabar". Também disse que é necessário manter restrições aos gastos para obter o saneamento das contas.

"Temos que reparar o telhado enquanto o sol brilha", disse Osborne.

O líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, respondeu que as classes médias e baixas estão em situação pior agora que há cinco anos e que "apenas os companheiros" de Osborne e Cameron, ambos educados em escolas particulares, estão bem, em alusão aos banqueiros da City.


Este grupo "está melhor, muito melhor" agora, insistiu, acusando Osborne de "se vangloriar de uma redução dos impostos", sem mencionar "os 24 aumentos que receberam desde que é ministro".

Junto aos dados de crescimento o governo divulgou os dados sobre o desemprego, que também favorecem o Executivo. O desemprego afetava 2,33 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro, 63.000 a menos que no período anterior.

A austeridade, bandeira dos conservadores, é comprovada pelo limite de 119 bilhões de libras em gastos sociais para o período 2015-2016 - excluindo pensões e o desemprego -, um teto que será ajustado à inflação.

Ao mesmo tempo, o governo anunciou um aumento do que poderá ser deduzido a título de cuidado com os filhos e novos estímulos à poupança, afetada pelas historicamente reduzidas taxas de juros do Banco da Inglaterra, de 0,5%.

"A mensagem deste orçamento é: você gastou, você economizou, este governo está do seu lado", sentenciou Osborne.

Para responder à inquietação dos pubs, o ministro anunciou a redução de um penny do imposto sobre o pint (meio litro) de cerveja: "pubs salvos, empregos criados, um pence a menos por pint pelo segundo ano consecutivo".

O whisky foi outra bebida beneficiada: foi congelado o imposto específico com o qual é taxado, o que foi interpretado como um agrado à Escócia a seis meses do referendo de independência.

Finalmente, Osborne também advertiu que a crise na Ucrânia pode afetar a produção britânica.

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