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Governo britânico assume controle das despesas da Monarquia, diz jornal

Documento obtido por por um jornal inglês afirma que o governo tem direito à administração direta do dinheiro da monarquia inglesa

A rainha do Reino Unido, Elizabeth II: ela terá de reduzir suas despesas, de acordo com jornal inglês (.)

A rainha do Reino Unido, Elizabeth II: ela terá de reduzir suas despesas, de acordo com jornal inglês (.)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2010 às 08h35.

Londres - Em um pacto secreto, o Governo britânico "arrebatou" da Monarquia o controle das finanças do Palácio, segundo informa nesta quinta-feira o jornal "The Independent".

O "memorando financeiro" que estabelece formalmente a relação entre Monarquia e Governo impõe também drásticas condições ao uso que a Rainha pode fazer dos 38,2 milhões de libras (45,8 milhões de euros) colocados à sua disposição pelo Parlamento para pagar o pessoal a seu serviço e os imóveis que ocupa.

O documento, ao qual o jornal teve acesso graças à lei sobre liberdade de informação, dá ao Governo o direito à administração direta desse dinheiro caso haja um desacordo entre ele e Palácio.

Especialistas na área política afirmaram ao jornal que o Governo pode utilizar o memorando para obrigar a Rainha a reduzir suas despesas ou até para obrigá-la a depender exclusivamente de sua considerável fortuna pessoal, herdada de seus antecessores no trono.

Esse acordo é consequência da crescente polêmica entre o Palácio e o Governo sobre os custos crescentes e a gestão do dinheiro com o qual os cidadãos britânicos financiam a Família Real.

Segundo o deputado trabalhista Paul Flynn, membro do comitê de Administração Pública da Câmara dos Comuns, "quanto mais informação tivermos sobre o subsídio público à Rainha, mais confiança haverá na instituição".

"A Família Real está na cultura de dependência denunciada pelo primeiro-ministro David Cameron, quando fala sobre gente que vive em um imóvel subsidiado por toda a vida", acrescenta o deputado ao jornal.

A revelação desse acordo entre a Rainha e o Governo foi possível graças a uma ordem judicial, aprovada pelo Tribunal de Informação, que obrigou a publicação de centenas de cartas, e-mails e relatórios relativos ao custo crescente da Família Real para o país.

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