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Governo argentino afirma que país é seguro para jornalistas

O governo justificou a divulgação dos dados de viagem do repórter que saiu do país por se sentir ameaçado após adiantar a notícia da morte de Alberto Nisman

Argentinos pedem justiça nas investigações da morte de promotor Alberto Nisman em Buenos Aires (Marcos Brindicci/Reuters)

Argentinos pedem justiça nas investigações da morte de promotor Alberto Nisman em Buenos Aires (Marcos Brindicci/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 10h33.

Buenos Aires - O chefe de gabinete argentino, Jorge Capitanich, afirmou nesta segunda-feira que no país "há plena segurança para todos os jornalistas" e justificou a divulgação dos dados de viagem do repórter que saiu do país por se sentir ameaçado depois de adiantar a notícia da morte do promotor Alberto Nisman.

"É certo que existe forte tensão em termos de opiniões e disparidade de análise", disse ele, lembrando que isso ocorre em um momento em que o país vive "a mais absoluta liberdade de expressão".

O chefe do gabinete rejeitou as duras críticas quanto a publicação do bilhete da Aerolíneas Argentinas do jornalista Damián Pachter e afirmou que essa divulgação respondeu ao "estrondo ocasionado por um fato de comoção pública".

"Disseram que um jornalista se sentia ameaçado, não se sabia seu paradeiro, não havia notificação da empresa à qual pertence. Então é muito importante divulgar a informação para que exista conhecimento público sobre sua localização. Esse é o motivo pelo qual o governo informou", afirmou Capitanich.

O chefe de gabinete pediu a Pachter para divulgar a foto do suposto espião que o perseguiu na Argentina para que as medidas sejam tomadas e se verifique se é ou não um agente de inteligência.

Pachter, repórter do jornal argentino em língua inglesa "Buenos Aires Herald", deixou o país no último sábado e um dia depois informou "estar a salvo em Tel Aviv" através do Twitter.

Ele foi o primeiro a informar sobre a morte do promotor argentino Alberto Nisman, cujo corpo foi encontrado com um tiro na cabeça em seu apartamento em Buenos Aires há uma semana. EFE

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