Exame Logo

Gleisi Hoffmann: uma escolha errada para a Casa Civil

Chegada de senadora ao comando da Casa Civil no lugar de Antonio Palocci pode ser prenúncio de dificuldades, sobretudo com o PMDB

Gleisi Hoffmann: escolha revela tentativa de Dilma de mostrar que recobrou o controle do próprio governo (Agencia Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 11h00.

São Paulo - Se a escolha da senadora petista Gleisi Hoffmann para o lugar de Antônio Palocci é uma tentativa de acalmar os ânimos, poucas seriam as escolhas mais duvidosas. Novata no Senado, sem trânsito em Brasília e com fama de arrogante, sua chegada à pasta da articulação pode ser prenúncio de dificuldades, sobretudo com o PMDB, maior partido da base aliada. Escolha inesperada – seu marido, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, era até a manhã desta terça-feira uma aposta muito mais plausível – , ela parece ser uma tentativa de Dilma Rousseff de mostrar que recobrou o controle do próprio governo com decisão estritamente pessoal. Mas Gleisi é também um nome do PT, para o PT.

Com Gleisi, o número de mulheres na chefia de ministérios de Dilma subirá para dez. A nova integrante do primeiro escalão se apresenta como política de perfil técnico. Em sua primeira fala pública, disse que a principal tarefa que a presidente Dilma lhe atribuiu foi de gestão. As duas se aproximaram no primeiro mandato de Lula, quando Gleisi ocupou a diretoria financeira de Itaipu Binacional. Antes disso, a nova ministra ocupou um cargo na equipe de transição do governo Lula. Foi secretária de gestão pública da prefeitura de Londrina, em 2001, e diretora financeira da governadoria do Mato Grosso do Sul na gestão Zeca do PT.

Mensalão - Na semana passada, enquanto as dificuldades de Antonio Palocci se avolumavam, Gleisi se viu por um momento no centro do tiroteio. Segundo relato do jornal Folha de S. Paulo, em um almoço com o ex-presidente Lula teria questionado o desgaste do governo para proteger o então ministro da Casa Civil . Segundo a mesma reportagem, Gleisi teria afirmado que o mensalão levou petistas a cometer erros graves em nome de um projeto coletivo – ao passo que o projeto de Palocci era somente pessoal. A conversa veio a público e gerou mal-estar.

Quando suas declarações vazaram, Gleise tratou rapidamente de negar que desejava a queda de Palocci. Em sua primeira entrevista coletiva, na tarde de terça-feira, a nova ministra da Casa Civil também fez questão de lamentar o destino do antecessor. Sem nunca deixar de sorrir.

Veja também

São Paulo - Se a escolha da senadora petista Gleisi Hoffmann para o lugar de Antônio Palocci é uma tentativa de acalmar os ânimos, poucas seriam as escolhas mais duvidosas. Novata no Senado, sem trânsito em Brasília e com fama de arrogante, sua chegada à pasta da articulação pode ser prenúncio de dificuldades, sobretudo com o PMDB, maior partido da base aliada. Escolha inesperada – seu marido, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, era até a manhã desta terça-feira uma aposta muito mais plausível – , ela parece ser uma tentativa de Dilma Rousseff de mostrar que recobrou o controle do próprio governo com decisão estritamente pessoal. Mas Gleisi é também um nome do PT, para o PT.

Com Gleisi, o número de mulheres na chefia de ministérios de Dilma subirá para dez. A nova integrante do primeiro escalão se apresenta como política de perfil técnico. Em sua primeira fala pública, disse que a principal tarefa que a presidente Dilma lhe atribuiu foi de gestão. As duas se aproximaram no primeiro mandato de Lula, quando Gleisi ocupou a diretoria financeira de Itaipu Binacional. Antes disso, a nova ministra ocupou um cargo na equipe de transição do governo Lula. Foi secretária de gestão pública da prefeitura de Londrina, em 2001, e diretora financeira da governadoria do Mato Grosso do Sul na gestão Zeca do PT.

Mensalão - Na semana passada, enquanto as dificuldades de Antonio Palocci se avolumavam, Gleisi se viu por um momento no centro do tiroteio. Segundo relato do jornal Folha de S. Paulo, em um almoço com o ex-presidente Lula teria questionado o desgaste do governo para proteger o então ministro da Casa Civil . Segundo a mesma reportagem, Gleisi teria afirmado que o mensalão levou petistas a cometer erros graves em nome de um projeto coletivo – ao passo que o projeto de Palocci era somente pessoal. A conversa veio a público e gerou mal-estar.

Quando suas declarações vazaram, Gleise tratou rapidamente de negar que desejava a queda de Palocci. Em sua primeira entrevista coletiva, na tarde de terça-feira, a nova ministra da Casa Civil também fez questão de lamentar o destino do antecessor. Sem nunca deixar de sorrir.

Acompanhe tudo sobre:Gleisi HoffmannGoverno DilmaMinistério da Casa CivilOposição políticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame