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George Floyd é homenageado em funeral em Minneapolis; protestos continuam

O corpo do ex-segurança ainda deve passar por mais dois funerais em outras cidades e as homenagens estão previstas para acontecer até terça

Funeral: homenagens ao ex-segurança George Floyd vão durar 6 dias (Lucas Jackson/Reuters)

Funeral: homenagens ao ex-segurança George Floyd vão durar 6 dias (Lucas Jackson/Reuters)

BC

Beatriz Correia

Publicado em 4 de junho de 2020 às 16h01.

Última atualização em 4 de junho de 2020 às 22h27.

Os familiares de George Floyd fazem uma homenagem ao ex-segurança em funeral em Minneapolis nesta quinta-feira (4). Ele foi morto asfixiado durante uma ação policial, o que gerou uma onda de protestos antirracistas nos Estados Unidos.

O corpo de Floyd ainda deve passar por mais dois funerais em outras cidades norte-americanas, de acordo com a emissora CBS. As homenagens para Floyd se estenderão por seis dias e três Estados, disse o advogado da família de Floyd à mídia. Seu assassinato levou a questão racial ao topo da agenda política cinco meses antes das eleições presidenciais de 3 de novembro.

Veja também: Nova York prorroga toque de recolher e protestos continuam; veja fotos

A cerimônia em Minneapolis contou com a presença de políticos e ativistas na luta contra o racismo como Martin Luther King III, filho de Martin Luther King, e a senadora Amy Klobuchar.

O reverendo Al Sharpton, comentarista político da televisão e ativista dos direitos civis que fará um discurso no evento, deu um tom otimista na manhã desta quinta-feira, elogiando a união dos manifestantes que protestavam contra a brutalidade policial.

"Vi mais americanos de diferentes raças e diferentes idades se levantando juntos, marchando juntos, levantando suas vozes juntos", disse ele à MSNBC. "Estamos em um ponto de virada aqui", disse Sharpton antes da cerimônia, que começou às 15h (horário de Brasília).

Protestos

Os Estados Unidos entram no 10º dia de protestos desencadeados pela morte de Floyd, um homem branco, de 46 anos, que foi morto sufocado por um policial branco.

Desde que as manifestações se iniciaram, na semana passada, mais de duas mil pessoas já foram presas e 700 delas só na última segunda-feira, dia em que Nova York foi tomada pela violência, com saques e confrontos entre manifestantes e policiais registrados por toda a cidade.

Majoritariamente pacíficas, as manifestações em todo o país acontecem por causa da morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, pelas mãos de policiais brancos em Minneapolis há uma semana.

Porém, pequenos grupos de manifestantes aproveitaram para destruir vitrines de bancos e comércios, além de roubarem lojas luxuosas, principalmente de artigos esportivos e eletrodomésticos.

Multidões de manifestantes têm desafiado toques de recolher e tomado as ruas de cidades de todo o país há nove noites em protestos às vezes violentos que levaram o presidente Donald Trump a ameaçar enviar militares.

Os protestos diminuíram nesta quinta-feira, depois que promotores apresentaram novas acusações contra quatro ex-policiais de Mineápolis envolvidos na morte. Várias grandes cidades reduziram ou suspenderam toques de recolher impostos nos últimos dias, mas nem tudo estava calmo.

No bairro do Brooklyn, em Nova York, a polícia agiu contra uma multidão de cerca de mil manifestantes que desafiavam o toque de recolher, e o procurador-geral dos EUA, William Barr, disse nesta quinta-feira que interesses estrangeiros e "agitadores extremistas" estavam assumindo os protestos.

Em outro caso de acusação racial que ganhou atenção nacional nos EUA, um tribunal ouviu na quinta-feira que um dos homens brancos acusados pelo assassinato do homem negro desarmado Ahmaud Arbery, na Geórgia, usou uma ofensa racial depois de atirar no homem e antes de a polícia chegar ao local.

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