General do exército da Venezuela é encontrado morto em hotel
O general Jesús Hernandez era próximo de ex-diretor de serviço de inteligência, que foi um dos líderes do levante contra o governo Maduro do dia 30 de abril
EFE
Publicado em 17 de maio de 2019 às 14h49.
Última atualização em 17 de maio de 2019 às 16h01.
Caracas — O general das forças armadas da Venezuela , Jesús Alberto García Hernández, foi encontrado morto no último dia 15 em um quarto de hotel situado na rodovia que liga Caracas à capital do estado vizinho de Miranda, Los Teques, confirmou nesta sexta-feira à Agência Efe uma fonte do Ministério Publico venezuelano.
"O corpo foi encontrado no dia 15 de maio no quarto de um hotel na rodovia Pan-Americana", disse a fonte sem dar detalhes sobre as condições em que o corpo foi descoberto, mas assinalando que o Ministério Público já iniciou uma investigação sobre o caso.
Segundo veículos de imprensa locais, o major-general, de 39 anos, era próximo do ex-diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), Manuel Ricardo Cristopher Figuera, que liderou junto com o presidente do parlamento, o oposicionista Juan Guaidó , a rebelião militar fracassada de 30 de abril contra o governo de Nicolás Maduro .
A imprensa, citando informações do Corpo de Pesquisas Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC, na sigla em espanhol), assegurou que García Hernández foi encontrado morto vestido com seu uniforme, com uma arma na mão direita e um ferimento na cabeça.
"O Corpo de Pesquisas Científicas Penais e Criminalísticas abriu uma investigação pela morte catalogada de suicídio, em sua fase preliminar", relatou o site de notícias "Efecto Cocuyo".
O site detalhou que o militar foi encontrado no quarto de número 9 do Hotel Colonial, situado na rodovia Pan-Americana que liga Caracas a Los Teques, e que a arma que ele tinha em punho era uma pistola Glock, modelo 19, série 1CHG938.
Além disso, o site afirmou que a investigação sobre a morte foi aberta "pela Divisão de Homicídios, apesar de ser qualificada como suicídio".
Até o momento, nenhuma autoridade nem a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) se pronunciou publicamente sobre a morte do major-general.