Gemalto acusa Grã-Bretanha e EUA de espionagem
Maior fabricante de chips de celular do mundo afirmou que ataques tentaram interceptar códigos que desbloqueiam cartões SIM
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 12h40.
Paris/Frankfurt - Espiões dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha provavelmente hackearam a maior fabricante de chips de celular do mundo na tentativa de roubar códigos que protegem a privacidade de bilhões de usuários, disse a empresa nesta quarta-feira.
A franco-alemã Gemalto reagiu a uma reportagem de um site de jornalismo investigativo segundo o qual a invasão permitiu que o britânico Quartel-General de Comunicações (GCHQ) e a norte-americana Agência de Segurança Nacional (NSA) possivelmente monitorassem chamadas, mensagens de texto e emails de usuários de telefones celulares em todo o planeta.
A Gemalto afirmou que os ataques “provavelmente aconteceram”, e que almejaram interceptar os códigos de criptografia que desbloqueiam os cartões SIM (sigla em inglês para Módulo de Identidade do Assinante) enquanto eram enviados de suas unidades.
Mas a empresa –que fabrica quase dois bilhões de cartões SIM por ano– disse que a invasão “não pode ter resultado em um roubo maciço de chaves de criptografia SIM”. Os cartões SIM são feitos de chips que identificam de forma individual celulares e cartões de dados de computador em uma rede.
Seu executivo-chefe declarou não ter feito contato com as agências de inteligência britânica e norte-americana porque fazê-lo teria sido uma “perda de tempo”, e que não planeja adotar nenhuma ação legal, já que as chances de sucesso são virtualmente nulas.
“Os fatos são difíceis de provar de uma perspectiva legal e… o histórico de se ir atrás de um Estado mostra que é algo custoso, demorado e bastante arbitrário”, declarou Olivier Piou em uma coletiva de imprensa em Paris para discutir as descobertas de sua própria investigação sobre as supostas invasões em 2010 e 2011.
Uma porta-voz do GCHQ disse nesta quarta-feira que não comenta assuntos de inteligência. A NSA não foi encontrada de imediato para comentar.
A suposta invasão foi relatada na semana passada no site The Intercept, que citou documentos vazados por Edward Snowden, ex-prestador de serviços da NSA.
Tal incursão, se confirmada, poderia ter ampliado o alcance dos métodos conhecidos de vigilância em massa disponíveis às agências de espionagem britânicas e norte-americanas para incluir não só e-mails e tráfego na Internet, como anteriormente divulgado, mas também comunicações entre celulares.
Paris/Frankfurt - Espiões dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha provavelmente hackearam a maior fabricante de chips de celular do mundo na tentativa de roubar códigos que protegem a privacidade de bilhões de usuários, disse a empresa nesta quarta-feira.
A franco-alemã Gemalto reagiu a uma reportagem de um site de jornalismo investigativo segundo o qual a invasão permitiu que o britânico Quartel-General de Comunicações (GCHQ) e a norte-americana Agência de Segurança Nacional (NSA) possivelmente monitorassem chamadas, mensagens de texto e emails de usuários de telefones celulares em todo o planeta.
A Gemalto afirmou que os ataques “provavelmente aconteceram”, e que almejaram interceptar os códigos de criptografia que desbloqueiam os cartões SIM (sigla em inglês para Módulo de Identidade do Assinante) enquanto eram enviados de suas unidades.
Mas a empresa –que fabrica quase dois bilhões de cartões SIM por ano– disse que a invasão “não pode ter resultado em um roubo maciço de chaves de criptografia SIM”. Os cartões SIM são feitos de chips que identificam de forma individual celulares e cartões de dados de computador em uma rede.
Seu executivo-chefe declarou não ter feito contato com as agências de inteligência britânica e norte-americana porque fazê-lo teria sido uma “perda de tempo”, e que não planeja adotar nenhuma ação legal, já que as chances de sucesso são virtualmente nulas.
“Os fatos são difíceis de provar de uma perspectiva legal e… o histórico de se ir atrás de um Estado mostra que é algo custoso, demorado e bastante arbitrário”, declarou Olivier Piou em uma coletiva de imprensa em Paris para discutir as descobertas de sua própria investigação sobre as supostas invasões em 2010 e 2011.
Uma porta-voz do GCHQ disse nesta quarta-feira que não comenta assuntos de inteligência. A NSA não foi encontrada de imediato para comentar.
A suposta invasão foi relatada na semana passada no site The Intercept, que citou documentos vazados por Edward Snowden, ex-prestador de serviços da NSA.
Tal incursão, se confirmada, poderia ter ampliado o alcance dos métodos conhecidos de vigilância em massa disponíveis às agências de espionagem britânicas e norte-americanas para incluir não só e-mails e tráfego na Internet, como anteriormente divulgado, mas também comunicações entre celulares.