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Gasto global com clima está aquém da meta, diz relatório

Gastos globais para o combate à mudança climática caíram no ano passado

Energia renovável: investimentos em energias renováveis, eficiência energética e adaptação à mudança climática totalizaram 359 bilhões de dólares (Wikimedia Common/Wikimedia)
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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 08h29.

Londres - Os gastos globais para o combate à mudança climática caíram no ano passado e continuam bem abaixo do nível necessário para evitar os efeitos mais perigosos, segundo um relatório da Iniciativa para a Política Climática divulgado nesta terça-feira.

Os investimentos em energias renováveis , eficiência energética e adaptação à mudança climática totalizaram 359 bilhões de dólares, 5 bilhões a menos do que em 2011, já que a desaceleração reduziu os orçamentos dos setores estatal e privado.

A Agência Internacional de Energia estimou no ano passado que seria necessário investir 5 trilhões de dólares até 2020 somente em energia limpa para manter a variação das temperaturas médias globais dentro de 2ºC, evitando assim os efeitos mais catastróficos da mudança climática.

"O investimento para combater e se adaptar à mudança climática está acontecendo no mundo todo, mas está aquém de onde deveria estar, e os esforços para ampliá-lo não foram suficientemente bem-sucedidos", disse Thomas Heller, diretor-executivo da Iniciativa para a Política Climática.

A ONG promove esforços para reduzir o uso de combustíveis fósseis, apontados por cientistas com quase certeza como a principal causa do aquecimento global na era industrial.

O investimento privado responde por 62 por cento, ou 224 bilhões de dólares, do investimento climático total em 2012, e o restante vem de fontes públicas de financiamento, como incentivos, empréstimos e investimentos diretos, segundo a organização.

Os países ricos investiram 177 bilhões de dólares em atividades ligadas à mudança climática no ano passado, ao passo que os países em desenvolvimento investiram 182 bilhões de dólares, disse o relatório.


Enquanto isso, os governos do mundo todo gastaram 523 bilhões de dólares em 2011 no subsídio a combustíveis fósseis, disse a OCDE neste mês.

Em novembro, mais de 190 governos vão se reunir em Varsóvia, na Polônia, para negociações climáticas da ONU, esperando obter avanços na busca por um acordo que leve à redução das emissões de gases do efeito estufa, o qual deverá ser assinado até 2015.

Na pauta do encontro estará a questão de como arrecadar dinheiro para ajudar nações em desenvolvimento na mitigação e adaptação da mudança climática.

Os governos já concordaram em arrecadar 100 bilhões de dólares por ano até 2012, mas um fundo estabelecido para canalizar parte da verba ainda não está operacional.

Em uma conferência na segunda-feira em Londres, a chefe de questões climáticas da ONU, Christiana Figueres, disse que a maior parte da verba para o combate à mudança climática deverá vir do setor privado.

"Os 100 bilhões de dólares são o rabo que vai abanar o cachorro. O financiamento necessário é de 1 trilhão de dólares por ano -- é isso que precisa ser mobilizado", disse.

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Londres - Os gastos globais para o combate à mudança climática caíram no ano passado e continuam bem abaixo do nível necessário para evitar os efeitos mais perigosos, segundo um relatório da Iniciativa para a Política Climática divulgado nesta terça-feira.

Os investimentos em energias renováveis , eficiência energética e adaptação à mudança climática totalizaram 359 bilhões de dólares, 5 bilhões a menos do que em 2011, já que a desaceleração reduziu os orçamentos dos setores estatal e privado.

A Agência Internacional de Energia estimou no ano passado que seria necessário investir 5 trilhões de dólares até 2020 somente em energia limpa para manter a variação das temperaturas médias globais dentro de 2ºC, evitando assim os efeitos mais catastróficos da mudança climática.

"O investimento para combater e se adaptar à mudança climática está acontecendo no mundo todo, mas está aquém de onde deveria estar, e os esforços para ampliá-lo não foram suficientemente bem-sucedidos", disse Thomas Heller, diretor-executivo da Iniciativa para a Política Climática.

A ONG promove esforços para reduzir o uso de combustíveis fósseis, apontados por cientistas com quase certeza como a principal causa do aquecimento global na era industrial.

O investimento privado responde por 62 por cento, ou 224 bilhões de dólares, do investimento climático total em 2012, e o restante vem de fontes públicas de financiamento, como incentivos, empréstimos e investimentos diretos, segundo a organização.

Os países ricos investiram 177 bilhões de dólares em atividades ligadas à mudança climática no ano passado, ao passo que os países em desenvolvimento investiram 182 bilhões de dólares, disse o relatório.


Enquanto isso, os governos do mundo todo gastaram 523 bilhões de dólares em 2011 no subsídio a combustíveis fósseis, disse a OCDE neste mês.

Em novembro, mais de 190 governos vão se reunir em Varsóvia, na Polônia, para negociações climáticas da ONU, esperando obter avanços na busca por um acordo que leve à redução das emissões de gases do efeito estufa, o qual deverá ser assinado até 2015.

Na pauta do encontro estará a questão de como arrecadar dinheiro para ajudar nações em desenvolvimento na mitigação e adaptação da mudança climática.

Os governos já concordaram em arrecadar 100 bilhões de dólares por ano até 2012, mas um fundo estabelecido para canalizar parte da verba ainda não está operacional.

Em uma conferência na segunda-feira em Londres, a chefe de questões climáticas da ONU, Christiana Figueres, disse que a maior parte da verba para o combate à mudança climática deverá vir do setor privado.

"Os 100 bilhões de dólares são o rabo que vai abanar o cachorro. O financiamento necessário é de 1 trilhão de dólares por ano -- é isso que precisa ser mobilizado", disse.

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