Futebol: declarações de impostos incluíram pagamento de 6,7 milhões de euros da DFB à Fifa pela Copa do Mundo, mas fundos foram usados para outro propósito, segundo procuradoria (Fabrice Coffrini/AFP)
Reuters
Publicado em 1 de junho de 2018 às 16h03.
Berlim - Procuradores da Alemanha acusaram três ex-dirigentes da Associação de Futebol Alemã (DFB, na sigla em alemão) e um ex-dirigente suíço da Fifa de sonegação fiscal grave relacionada à Copa do Mundo de 2006 sediada em seu país.
Em um comunicado emitido nesta sexta-feira, a Procuradoria de Frankfurt disse que também apresentou uma solicitação para implicar a DFB nos processos criminais, que podem resultar em multas.
A Procuradoria não identificou os quatro funcionários, mas disse que eles têm idades que variam entre os 67 e 76 anos.
Os três ex-dirigentes de alto escalão da DFB são acusados de arquitetarem o envio de declarações de impostos incorretas em 2006 para permitir que a associação deixasse de pagar cerca de 13,7 milhões de euros de impostos, disse a Procuradoria.
As declarações de impostos incluíram um pagamento de 6,7 milhões de euros da DFB à Fifa por um evento da Copa do Mundo, mas os fundos foram usados de fato para outro propósito e não deveriam ser descontados dos impostos, informou a Procuradoria.
Não foi possível contatar a DFB e a Fifa de imediato para obter comentários.
O pagamento em questão provocou várias investigações nos últimos dois anos devido a alegações de que foi usado como fundo ilegal para comprar votos a favor da candidatura alemã ao Mundial de 2006.
Uma investigação encomendada pela DFB em 2016 disse que a soma foi a devolução de um empréstimo de Robert Louis-Dreyfus, ex-chefe da Adidas, por meio da Fifa.
Em outubro passado a Secretaria da Fazenda ordenou que a DFB pague 19,2 milhões de euros de impostos atrasados relacionados ao pagamento pela Copa do Mundo de 2006.