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Furacão Sally atinge Estados Unidos com a previsão inundações históricas

Com a chegada do furacão Sally, cerca de 75 mil casas no Alabama e Flórida estavam sem energia elétrica na terça-feira à noite

Furacão Sally está na de categoria 2 em uma escala até 5 (RAMMB/NOAA/NESDIS/AFP)
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AFP

Publicado em 16 de setembro de 2020 às 09h42.

Última atualização em 16 de setembro de 2020 às 10h09.

O furacão Sally tocou o solo na madrugada desta quarta-feira (16) no estado do Alabama, na costa sul dos Estados Unidos, com a previsão de provocar inundações "históricas" e potencialmente fatais, de acordo com os meteorologistas.

O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) informou às 9H45 GMT  (6H45 de Brasília) que o fenômeno, de categoria 2 em uma escala até 5, registra ventos de até 165 quilômetros por hora que ameaçam as costas do Alabama, Mississípi e Flórida.

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O NHC fez um alerta para inundações "históricas", que podem se tornar extremamente perigosas. Algumas áreas podem registrar chuvas de até 50 centímetros.

O furacão entrou no continente por Gulf Shores, no estado do Alabama.

Quase 75.000 casas no Alabama e Flórida estavam sem energia elétrica na terça-feira à noite, de acordo com o Weather Channel. Alguns vídeos publicados nas redes sociais pareciam mostrar algumas áreas já inundadas.

O furacão entrou no continente com um deslocamento a 3,2 km/h, mas deve ganhar velocidade nas próximas horas.

Furacão Sally atinge Estados Unidos com a previsão inundações históricas

Sally, que se formou ao sul da Flórida, onde aconteceram chuvas intensas no fim de semana, é um dos cinco ciclones atualmente ativos no Atlântico, um fenômeno que só havia sido registrado uma vez, em setembro de 1971, segundo os meteorologista.

A governadora do Alabama, Kay Ivey, disse que apesar de ter perdido força, "o furacão Sally não deve ser menosprezado".

"Veremos inundações recordes que talvez superem níveis históricos. E com a maior quantidade de água, nós teremos mais riscos de perdas de vidas e propriedades", declarou à imprensa.

Ivey decretou estado de emergência na segunda-feira, em previsão à chegada do furacão.

O presidente Donald Trump comparou, em declarações ao canal Fox, Sally com o furacão Laura, que atingiu o Texas e Louisiana, assim como o Caribe, há apenas algumas semanas.

"Este é menor mas um pouco mais direto, mas temos tudo sob controle", afirmou.

"Estamos em contato direto com os Líderes Estaduais & Locais para ajudar as grandes cidades do Alabama, Louisiana e Mississípi", acrescentou no Twitter.

"Mantenham-se a salvo"

O Mississípi também declarou estado de emergência.

Tate Reeves, governador do Mississípi, afirmou que "as projeções de ondas ciclônicas continuam preocupantes, com tempestades costeiras entre cinco e oito pés (1,5 a 2,4 metros)", escreveu Reeves.

"Continuamos muito preocupados com a quantidade de chuva", acrescentou.

O governador de Louisiana, John Bel Edwards, cujo estado ainda não se recuperou do impacto do furacão Laura de categoria 4, pediu aos moradores que estejam preparados.

"Sejam inteligentes e mantenham-se a salvo", tuitou.

Sem nomes

Foram tantas as tempestades tropicais no Atlântico este ano que a Organização Meteorológica Mundial da ONU, responsável por nomear os fenômenos, está prestes a ficar sem nomes pela segunda vez na história.

A última vez foi em 2005, ano em que o furacão Katrina devastou Nova Orleans.

Além de Sally estão em atividade o furacão Paulette, as tempestades tropicais Teddy e Vicky e a depressão tropical Rene.

Paulette atingiu a ilha de Bermudas na segunda-feira com ventos de categoria 2 e fortes chuvas, segundo o NHC.

O centro prevê que a tempestade tropical Teddy, atualmente no meio do Atlântico, se tornará um furacão.

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