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Furacão Irene deixa Nova York e Nova Jersey em estado de emergência

Nova York tomará medidas preventivas para atenuar os possíveis efeitos do furacão, esperado para o domingo

Bloomberg disse que se a situação se agravasse estaria autorizado para ordenar uma evacuação obrigatória que afetaria 270 mil moradores (Joisey Showaa/Creative Commons)

Bloomberg disse que se a situação se agravasse estaria autorizado para ordenar uma evacuação obrigatória que afetaria 270 mil moradores (Joisey Showaa/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2011 às 13h07.

Nova York - A proximidade do furacão Irene da costa leste dos Estados Unidos, que poderia chegar à terra firme já no próximo final de semana, fez com que autoridades de Nova York e Nova Jersey declarassem estado de emergência perante a chegada da tempestade que agora está nas Bahamas.

O olho do furacão se encontra a 930 quilômetros ao sul de Cabo Hatteras, na Carolina do Norte, segundo boletim do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) divulgado às 18h (de Brasília)

"Irene" se mantém como um furacão categoria 3 na escala de intensidade Saffir-Simpson, de um máximo de cinco. "É possível um fortalecimento na noite de hoje e na sexta-feira", advertiu o NHC.

O governador Andrew Cuomo pediu aos nova-iorquinos que se preparem para "qualquer situação causada pelo furacão" e cooperem com os serviços de emergência. "Trabalhando juntos, seremos capazes de enfrentar esta tempestade com calma e de forma organizada", afirmou em comunicado.

"Estamos em contato com as autoridades federais e locais para vigiar o temporal e planejar uma resposta coordenada, e despacharemos os recursos que forem necessários nas áreas que possam ser impactadas", acrescentou o governador.

Já o governador de Nova Jersey, Chris Christie, que também declarou estado de emergência em seu estado, pediu aos moradores das ilhas do litoral que evacuem a zona de forma voluntária, embora também não tenha descartado a ordenação por decreto.

"Esperamos o melhor, mas nos preparamos para o pior", afirmou em entrevista coletiva o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, lembrando que nesta semana os nova-iorquinos já comprovaram o poder da natureza com o terremoto de 5,8 graus na escala Richter que pôde ser sentido terça-feira na cidade.


Bloomberg disse que se a situação se agravasse estaria autorizado para ordenar uma evacuação obrigatória que afetaria 270 mil moradores e que o ideal seria recomendar que as pessoas abandonem voluntariamente as áreas litorâneas de Brooklyn e Queens, uma decisão que não será tomada até sexta-feira pela tarde.

Nova York tomará medidas preventivas para atenuar os possíveis efeitos do furacão, esperado para o domingo, e aumentará o limite dos geradores elétricos e reforçarão as drenagens, já que existe risco de inundações em Battery Park, no sul de Manhattan, e em South Beach, além de outras áreas de Staten Island.

O senador estadual José Peralta, do condado de Queens, e o vereador Ydanis Rodríguez, de Manhattan, fizeram nesta quinta-feira uma chamada às suas comunidades que para que se preparem com comida, água e equipamentos de primeiros socorros, e que estejam atentos aos relatórios do Escritório para Gestão de Emergências da cidade.

Os políticos lembraram a importância de ter lanternas, pilhas, rádios que funcionem sem eletricidade, produtos de higiene pessoal, remédios e alimentos para crianças, assim como um plano de evacuação em caso de necessidade. Rodríguez disse também que haverá três refúgios em seu condado.

"Embora se espere que Irene nos atinja como uma tempestade de categoria 1, e que não cause grandes danos, devemos estar preparados", declarou o vereador.

Irene, o primeiro furacão da temporada de ciclones do Atlântico, já deixou seu rastro pelo Caribe, deixando seis mortos e dois feridos, e é o primeiro que ameaça seriamente os EUA desde que Ike atingiu o Texas em 2008.

A pior tragédia recente causada por um furacão no país aconteceu em agosto de 2005, quando o furacão Katrina alagou Nova Orleans. Nesse desastre morreram 1,8 mil pessoas, 180 mil casas e edifícios ficaram destruídos, e foram registraram danos superiores a US$ 75 bilhões.

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