Funeral de Kim Jong-il gera primeiro atrito entre Coreias
Pyongyang se mostrou disposta a aceitar as delegações de condolência do país vizinho, enquanto Seul manteve sua posição de não autorizar estas viagens ao Norte
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 10h56.
Seul - O primeiro atrito envolvendo as duas Coreias após a morte de Kim Jong-il foi registrado nesta sexta-feira, isso depois que Pyongyang se mostrou disposta a aceitar as delegações de condolência do país vizinho, enquanto Seul manteve sua posição de não autorizar estas viagens ao Norte.
Faltando cinco dias para o funeral que encerrará outro capítulo da história do país comunista, Pyongyang afirmou através do site estatal 'Uriminzokkiri' que receberá todas as delegações sul-coreanas que desejem atravessar a fronteira para participar da cerimônia e criticou duramente as restrições imposta pela Coreia do Sul .
Mesmo com as críticas, o ministro da Unificação sul-coreano, Yu Woo-ik, que desde agosto impulsiona políticas mais conciliadoras em direção ao país comunista, confirmou que a Coreia do Sul deverá autorizar apenas as duas delegações que já estavam confirmadas anteriormente.
Para evitar que seus cidadãos tenham contato com o vizinho comunista, Seul aprovou a viagem de somente dois grupos, os quais serão liderados pela ex-primeira-dama Lee Hee-ho, viúva do ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz sul-coreano Kim Dae-jung, e a presidente do grupo Hyundai, Hyun Jeong-eun.
Isso porque, anos atrás, a Coreia do Norte também enviou comitivas à Coreia do Sul para acompanhar o funeral de Kim Dae-jung e também do ex-presidente da Hyundai, Chung Mong-hun, protagonistas no plano político e econômico, respectivamente, dos anos de reconciliação intercoreana no começo da década passada.
A Coreia do Norte, que considera uma ofensa essa 'autorização seletiva' do governo conservador sul-coreano, advertiu que as relações entre as duas Coreias 'poderiam piorar' se Seul proibisse que seus cidadãos fossem em direção ao Norte para expressar suas condolências.
Além de reprovar a postura do país vizinho, a Coreia do Norte também declarou que Seul deveria enviar uma delegação oficial, fato que não foi respeitado quando morreu o fundador do regime Kim Il-sung em 1994. Pyongyang ainda advertiu que este episódio poderá gerar grandes consequências.
À margem desta disputa, a imprensa sul-coreana também buscou na internet integrantes da família que desde 1948 governa o estado comunista mais ortodoxo e hermético do mundo, isso em uma tentativa de saber sobre quem poderia estar presente no funeral de Kim Jong-il junto ao seu sucessor, Kim Jong-un.
Apesar do funeral de Kim Jong-il ser o tema mais discutido na imprensa sul-coreana, outro assunto também ganhou destaque nestes últimos dias: Kim Yeo-jong, de 24 anos, irmã menor de Kim Jong-un. A filha do falecido ditador poderia ser a pessoa que aparece junto à Jong-un em várias imagens do velório do 'querido líder'.
Segundo a imprensa sul-coreana, esta mulher poderia trabalhar no influente departamento de organização do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.
Se for confirmado que se trata realmente da filha de Kim Jong-il, essa seria a primeira aparição em público de uma jovem que no futuro poderia ocupar uma posição privilegiada na maquinaria de estado da Coreia do Norte, o país onde quase tudo é tratado com sigilo.
Outro que não deve aparecer no funeral do 'querido líder' é Kim Jong-nam, filho mais velho de Kim Jong-il, o qual perdeu há anos o favor paterno.
A suposta página de Facebook do primogênito do ditador, que foi surpreendido há alguns anos tentando entrar no Japão com um passaporte falso para visitar à Disney, exibia insultos ao sucessor Kim Jong-un nesta semana.
A imprensa também descarta a presença do filho de Kim Jong-nam e neto do falecido líder, o adolescente Kim Han-sol, que possui o cabelo tingido nas imagens de seu perfil na rede social, onde teria postado frases que indicam sua preferência pela democracia.
Outro que também não possui sua presença confirmada é Kim Pyong-il, irmão do falecido líder, que décadas atrás poderia assumir liderança do regime e, supostamente, foi enviado à Europa para evitar uma luta interna. O mais provável é que Pyong-il fique na Polônia, onde é embaixador.
Seul - O primeiro atrito envolvendo as duas Coreias após a morte de Kim Jong-il foi registrado nesta sexta-feira, isso depois que Pyongyang se mostrou disposta a aceitar as delegações de condolência do país vizinho, enquanto Seul manteve sua posição de não autorizar estas viagens ao Norte.
Faltando cinco dias para o funeral que encerrará outro capítulo da história do país comunista, Pyongyang afirmou através do site estatal 'Uriminzokkiri' que receberá todas as delegações sul-coreanas que desejem atravessar a fronteira para participar da cerimônia e criticou duramente as restrições imposta pela Coreia do Sul .
Mesmo com as críticas, o ministro da Unificação sul-coreano, Yu Woo-ik, que desde agosto impulsiona políticas mais conciliadoras em direção ao país comunista, confirmou que a Coreia do Sul deverá autorizar apenas as duas delegações que já estavam confirmadas anteriormente.
Para evitar que seus cidadãos tenham contato com o vizinho comunista, Seul aprovou a viagem de somente dois grupos, os quais serão liderados pela ex-primeira-dama Lee Hee-ho, viúva do ex-presidente e Prêmio Nobel da Paz sul-coreano Kim Dae-jung, e a presidente do grupo Hyundai, Hyun Jeong-eun.
Isso porque, anos atrás, a Coreia do Norte também enviou comitivas à Coreia do Sul para acompanhar o funeral de Kim Dae-jung e também do ex-presidente da Hyundai, Chung Mong-hun, protagonistas no plano político e econômico, respectivamente, dos anos de reconciliação intercoreana no começo da década passada.
A Coreia do Norte, que considera uma ofensa essa 'autorização seletiva' do governo conservador sul-coreano, advertiu que as relações entre as duas Coreias 'poderiam piorar' se Seul proibisse que seus cidadãos fossem em direção ao Norte para expressar suas condolências.
Além de reprovar a postura do país vizinho, a Coreia do Norte também declarou que Seul deveria enviar uma delegação oficial, fato que não foi respeitado quando morreu o fundador do regime Kim Il-sung em 1994. Pyongyang ainda advertiu que este episódio poderá gerar grandes consequências.
À margem desta disputa, a imprensa sul-coreana também buscou na internet integrantes da família que desde 1948 governa o estado comunista mais ortodoxo e hermético do mundo, isso em uma tentativa de saber sobre quem poderia estar presente no funeral de Kim Jong-il junto ao seu sucessor, Kim Jong-un.
Apesar do funeral de Kim Jong-il ser o tema mais discutido na imprensa sul-coreana, outro assunto também ganhou destaque nestes últimos dias: Kim Yeo-jong, de 24 anos, irmã menor de Kim Jong-un. A filha do falecido ditador poderia ser a pessoa que aparece junto à Jong-un em várias imagens do velório do 'querido líder'.
Segundo a imprensa sul-coreana, esta mulher poderia trabalhar no influente departamento de organização do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.
Se for confirmado que se trata realmente da filha de Kim Jong-il, essa seria a primeira aparição em público de uma jovem que no futuro poderia ocupar uma posição privilegiada na maquinaria de estado da Coreia do Norte, o país onde quase tudo é tratado com sigilo.
Outro que não deve aparecer no funeral do 'querido líder' é Kim Jong-nam, filho mais velho de Kim Jong-il, o qual perdeu há anos o favor paterno.
A suposta página de Facebook do primogênito do ditador, que foi surpreendido há alguns anos tentando entrar no Japão com um passaporte falso para visitar à Disney, exibia insultos ao sucessor Kim Jong-un nesta semana.
A imprensa também descarta a presença do filho de Kim Jong-nam e neto do falecido líder, o adolescente Kim Han-sol, que possui o cabelo tingido nas imagens de seu perfil na rede social, onde teria postado frases que indicam sua preferência pela democracia.
Outro que também não possui sua presença confirmada é Kim Pyong-il, irmão do falecido líder, que décadas atrás poderia assumir liderança do regime e, supostamente, foi enviado à Europa para evitar uma luta interna. O mais provável é que Pyong-il fique na Polônia, onde é embaixador.