Invasão: as imagens chamadas "molka", gravadas com câmeras escondidas em provadores de roupas ou banheiros públicos, são muito frequentes na Coreia do Sul (ThinkStock/Thinkstock)
AFP
Publicado em 27 de junho de 2018 às 09h17.
Uma das fundadoras do maior site de pornografia da Coreia do Sul foi detida depois de morar por vários anos na Nova Zelândia como fugitiva, anunciou a polícia de Seul.
O site Soranet, fundado em 1999, tinha um arquivo de milhares de vídeos ilegais, incluindo imagens roubadas de mulheres filmadas em locais públicos.
A distribuição de pornografia é ilegal na Coreia do Sul, mas os sul-coreanos acessam o material em sites hospedados no exterior ou com sistemas de compartilhamento.
O Soranet, que afirmava ter um milhão de assinantes, foi fechado há dois anos após denúncias de várias associações de defesa dos direitos das mulheres.
Sua proprietária, identificada pelo sobrenome da família, Song, de 45 anos, desembarcou em Seul na semana passada, depois que as autoridades cancelaram seu passaporte.
Ela foi detida na segunda-feira por distribuição ou ajuda na distribuição de vídeos pornográficos em que apareciam menores de idade, informou a polícia.
Seu marido e outro casal, também proprietários do site, os três de nacionalidade australiana ou com visto de residência permanente neste país, permanecem no exterior.
As imagens roubadas, chamadas "molka", gravadas com câmeras escondidas em provadores de roupas ou banheiros públicos, são muito frequentes na Coreia do Sul, O presidente sul-coreano Moon Jae-in prometeu lutar contra o fenômeno.