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Membros do PCC fogem de prisão no Paraguai; há ao menos 90 foragidos

Entre os foragidos da prisão de Pedro Juan Caballero estão membros do PCC. Autoridades ainda tentam esclarecer circunstâncias da fuga em massa

Rota de fuga: criminosos cavaram um túnel para deixar a prisão paraguaia (./Divulgação)
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EFE

Publicado em 19 de janeiro de 2020 às 13h33.

Última atualização em 19 de janeiro de 2020 às 15h13.

São Paulo - Cerca de 90 presos, muitos dos quais seriam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) , fugiram neste domingo da prisão de Pedro Juan Caballero, no Paraguai , onde foi encontrado um túnel, embora o governo não descarte a possibilidade de que tenham escapado pela porta da frente com a cumplicidade de funcionários da penitenciária.

O Ministério da Justiça ainda não forneceu a lista de fugitivos, embora alguns meios de comunicação locais mencionem o número de 91, e que um dos prisioneiros teria sido capturado quando saiu do túnel, nas primeiras horas da manhã.

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À rede de televisão "Telefuturo", o ministro do Interior, Euclides Acevedo, disse estar considerando a hipótese de que os detentos saíram pelos portões principais da prisão e que tinham o apoio dos agentes. Ainda segundo ele, o diretor da prisão, no departamento de Amambay, está de férias.

Acevedo afirmou também que está sendo investigada a possibilidade de que o túnel tenha sido construído como uma fachada para esconder a suposta cumplicidade dos funcionários.

A Polícia Nacional já iniciou uma operação de busca dos fugitivos na área de Pedro Juan Caballero, cidade localizada na fronteira com o Brasil e que é um dos centros de operações do PCC no país vizinho.

Em dezembro passado, a ministra da Justiça, Cecilia Pérez, afirmou ter informações de inteligência prisional apontando para um plano de fuga ou resgate dos líderes da facção criminosa, que forneceriam uma recompensa de US$ 80 mil pela operação.

Diante da ameaça, a Justiça chegou a anunciar o reforço da segurança nas penitenciárias, onde já existe uma presença policial e militar, conforme estabelecido pela Lei de Emergência das Prisões.

A norma foi sancionada pelo presidente do país, Mario Abdo Benítez, no dia 8 de setembro, após vários confrontos e tumultos nas cadeias do país. Porém, alguns dias depois, o chefe do Comando Vermelho no Paraguai, Jorge Samudio, escapou. À época, o chefe de governo denunciou que havia corrupção e dinheiro envolvidos na fuga.

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