Papa Francisco: suas aparições atraem milhões de pessoas e sua conta no Twitter alcançou, recentemente, 10 milhões de seguidores (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 15h35.
Nova York - A revista Time escolheu o papa Francisco como sua "pessoa do ano" nesta quarta-feira, afirmando que o novo líder da igreja católica mudou a percepção da instituição de uma forma extraordinária num curto período de tempo.
O papa venceu Edward Snowden, o ex-analista terceirizado da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, no título, que é concedido pela revista desde 1927.
O ex-cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito em março como o primeiro latino-americano e primeiro jesuíta a ocupar o cargo.
Desde que assumiu o posto, ele tem pedido à igreja que não seja tão obcecada com "regras mesquinhas" e enfatize a compaixão em vez da condenação ao lidar com temas delicados como aborto, homossexualidade e contracepção.
Ele condenou a "idolatria ao dinheiro" e o "escândalo global" que é o fato de quase 1 bilhão de pessoas passarem fome, além de encantar as massas com seu estilo simples e senso de humor. Suas aparições atraem milhões de pessoas e sua conta no Twitter alcançou, recentemente, 10 milhões de seguidores.
"Ele realmente destacou-se como alguém que mudou o tom, a percepção e o foco de uma das maiores instituições de uma forma extraordinária", afirmou Nancy Gibbs, editora da revista.
O Vaticano disse que a honraria não foi uma surpresa, tendo em vista a ressonância que o papa tem com o público em geral, porém, afirmou que a escolha foi um reconhecimento "positivo" dos valores espirituais pela mídia internacional.
"O santo padre não procura se tornar famoso ou receber honrarias", disse o porta-voz do Vaticano, reverendo Federico Lombardi. "Mas a escolha da pessoa do ano ajuda a espalhar a mensagem do Evangelho, a mensagem do amor de Deus, para todos. Ele certamente ficará feliz com isso."
É a terceira vez que um papa e escolhido pela Time. João Paulo II foi a pessoa do ano em 1994 e João XXII em 1962. Fonte: Associated Press.