Mundo

Francesa funcionária do Banco Mundial é sequestrada no Iêmen

Governo francês está mobilizado, mas não tem representação diplomática no país, desde que resolveu fechar a embaixada por causa dos conflitos

Simpatizantes do presidente Hadi tomam as ruas do Iêmen do Sul: (AFP)

Simpatizantes do presidente Hadi tomam as ruas do Iêmen do Sul: (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 17h13.

Uma francesa que trabalha para o Banco Mundial foi sequestrada nesta terça-feira no Iêmen, anunciaram as autoridades francesas, que exigiram sua libertação o quanto antes.

"Pedimos sua libertação o quanto antes, estamos tentando localizá-la", declarou o presidente francês, François Hollande, declarando que a mulher, de 30 anos, trabalha para o Banco Mundial, instituição financeira internacional com sede em Washington.

Um comunicado da chancelaria francesa havia confirmado pouco antes o sequestro em Sana.

O centro de crise do ministério francês das Relações Exteriores está em contato com a família e "todos os nossos serviços estão mobilizados para obter a rápida libertação de nossa compatriota", acrescentou o comunicado.

"Diante da degradação das condições de segurança no Iêmen", a chancelaria reiterou "com insistência a recomendação de sair deste país rapidamente" que fez aos cidadãos franceses há duas semanas.

A capital do Iêmen é controlada atualmente pela milícia xiita Huti.

Uma fonte dos serviços de segurança iemenitas declarou que a francesa foi sequestrada nesta terça-feira pela manhã no centro de Sana por homens armados não identificados.

A francesa foi interceptada por estes homens junto a uma acompanhante iemenita quando ambas estavam em um táxi. As duas mulheres foram levadas a um local desconhecido.

No início de fevereiro, a França e outros países ocidentais fecharam suas embaixadas no Iêmen. O governo francês aconselhou na época seus cidadãos a saírem do país o quanto antes.

Os interesses franceses no Iêmen foram assumidos na época pelos diplomatas marroquinos credenciados em Sana, mas já não é o caso, depois que o Marrocos também decidiu se retirar do Iêmen. Ou seja, Paris não tem atualmente representação diplomática no país.

O presidente do Iêmen, Abd Rabo Mansur Hadi, que fugiu de Sana no sábado passado, declarou em Aden, antiga capital do Iêmen do Sul, que segue assumindo suas funções, e classificou de nulas e ilegítimas todas as decisões tomadas pela milícia Huti.

Reagindo as suas declarações, os Hutis, que o obrigaram a abandonar o poder em janeiro e negam qualquer legitimidade de Hadi, convocaram os países estrangeiros a não negociar com ele, afirmando que será processado pela justiça iemenita.

Já o primeiro-ministro iemenita, Khalid Bahah, permanece em prisão domiciliar em Sana, juntamente com outros ministros e funcionários.

Críticos acusam o Irã, predominantemente xiita, de apoiar os Hutis em uma tentativa de desestabilizar o Iêmen, estrategicamente localizado ao sul da Arábia Saudita, rica em petróleo, e ao longo das principais rotas de transporte marítimo.

Falando aos legisladores americanos em Washington, o secretário de Estado americano, John Kerry, declarou que o apoio do Irã aos Hutis contribuiu para o colapso do governo.

Acompanhe tudo sobre:EuropaFrançaIêmenPaíses ricosSequestros

Mais de Mundo

O que é o Projeto Manhattan, citado por Trump ao anunciar Musk

Donald Trump anuncia Elon Musk para chefiar novo Departamento de Eficiência

Trump nomeia apresentador da Fox News como secretário de defesa

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA