A Assembleia Nacional da França se reúne nesta quinta-feira, 18, para eleger seu novo presidente, após as eleições convocadas antecipadamente pelo presidente Emmanuel Macron entregarem um Legislativo fragmentado, sem uma maioria clara. A votação entre os deputados é observada com atenção pelas forças políticas, a espera de qualquer sinal que possa indicar um acordo mais amplo, que leve à formação de um novo governo.
A votação para presidente da Assembleia — um cargo que não exerce poderes executivos — pode ter até três turnos. Nos dois primeiros, um candidato só sai eleito se houver maioria absoluta. Caso não haja um acordo que permita a um dos candidatos obter a maioria qualificada, um terceiro turno será realizado, onde o candidato só precisa de maioria simples de votos para vencer.
Os principais partidos com representação no Parlamento francês não anunciaram nenhum acordo prévio. A Nova Frente Popular, coalizão de esquerda que foi a mais votada nas eleições do mês passado, definiu o nome do experiente deputado Andre Chassaigne, de 74 anos. Membro do Partido Comunista, Chassaigne não está diretamente ligado ao partido França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, apontado por Macron como um extremista.
O bloco de Macron, por sua vez, apresentou Yaël Braun-Pivet, atual presidente em exercício da Câmara, como candidata a reeleição. O grupo independente Liot indicou Charles de Courson, um centrista para a disputa. O Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen e Jordan Bardella, indicou Sébastien Chenu, um importante quadro do partido.
O último partido a oficializar candidatura foi o partido Os Republicanos (LR, na sigla em francês), de centro-direita, que apresentou o nome de Philippe Juvin ao cargo. O jornal francês Le Monde avaliou que Juvin seria o nome mais compatível com o macronismo, o que poderia indicar uma tentativa de aproximação, mesmo que para fins eleitorais imediatos.
A eleição desta quinta não encerra a medição de forças sobre a formação de um novo governo — que só acontece com a escolha de um novo primeiro-ministro. Gabriel Attal, que já teve a demissão aceita por Macron, continua no cargo interinamente até a definição do novo Gabinete.
Caso um acordo não comece a ser costurado nas eleições desta quinta, analistas acreditam que o governo provisório poderá se estender e até mesmo apresentar o orçamento para o ano que vem, após o término dos Jogos Olímpicos de Paris. (Com NYT, Bloomberg e AFP)
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De acordo com os primeiros números, o vencedor do pleito foi a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, seguida da coalizão de centro-direita
(De acordo com os primeiros números, o vencedor do pleito foi a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, seguida da coalizão de centro-direita)
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Apoiadores da aliança Nova Frente Popular (NFP) comemoram números iniciais que indicam a vitória da esquerda nas eleições
(Apoiadores da aliança Nova Frente Popular (NFP) comemoram números iniciais que indicam a vitória da esquerda nas eleições)
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Segundo turno das eleições legislativas ficou marcado por um recorde de participação, sendo o maior índice desde 1981
(Segundo turno das eleições legislativas ficou marcado por um recorde de participação, sendo o maior índice desde 1981)
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As primeiras projeções mostram que uma ampla coalizão de esquerda estava liderando uma apertada eleição legislativa francesa, à frente tanto dos centristas do Presidente quanto da extrema direita, sem que nenhum grupo tivesse conquistado a maioria absoluta
(As primeiras projeções mostram que uma ampla coalizão de esquerda estava liderando uma apertada eleição legislativa francesa, à frente tanto dos centristas do Presidente quanto da extrema direita, sem que nenhum grupo tivesse conquistado a maioria absoluta)
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Manifestantes em Nantes levantavam placas contrárias às propostas da extrema-direita
(Manifestantes em Nantes levantavam placas contrárias às propostas da extrema-direita)
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Em Nantes, manifestante levanta a placa: Racismo não é opinião, é ofensa
(Em Nantes, manifestante levanta a placa: Racismo não é opinião, é ofensa)
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Participantes reagem enquanto ouvem o anúncio dos resultados projetados do segundo turno das decisivas eleições legislativas da França durante um comício em Nantes, oeste da França
(Participantes reagem enquanto ouvem o anúncio dos resultados projetados do segundo turno das decisivas eleições legislativas da França durante um comício em Nantes, oeste da França)
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A estimativa da IFOP para a emissora TF1 é de que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda
(A estimativa da IFOP para a emissora TF1 é de que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda)
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Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez
(Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez. (Foto de MOHAMMED BADRA / POOL / AFP))
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O presidente da França, Emmanuel Macron (à direita), acompanhado por sua esposa Brigitte Macron (no centro), deposita seu voto no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024
(O presidente da França, Emmanuel Macron (à direita), acompanhado por sua esposa Brigitte Macron (no centro), deposita seu voto no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024)