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Operação policial detém 19 islamitas na França

Prisões ocorreram dias depois dos crimes cometidos em Toulouse por Mohammed Merah

"O que ocorreu esta manhã vai continuar, haverá outras operações, que entre outras coisas nos permitirão expulsar quem não tem que estar na França", disse (Martin Bureau/AFP)

"O que ocorreu esta manhã vai continuar, haverá outras operações, que entre outras coisas nos permitirão expulsar quem não tem que estar na França", disse (Martin Bureau/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2012 às 08h33.

Paris - A Polícia francesa deteve na madrugada desta sexta-feira 19 pessoas relacionadas com grupos islamitas, sobretudo em Toulouse, dias depois dos crimes cometidos nessa região do sul da França e em seus arredores por Mohammed Merah, informa a emissora de televisão "BFMTV".

As detenções aconteceram também em outras grandes cidades do país, como Nantes (noroeste).

Fontes policiais citadas pela emissora indicaram que as detenções não têm relação direta com Merah, autor confesso de sete crimes e morto pela Polícia no último dia 22.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, precisou em declarações à rádio "Europe 1" que o número concreto de detenções é 19 e que foram apreendidas armas, em particular rifles kalashnikov.

"O que ocorreu esta manhã vai continuar, haverá outras operações, que entre outras coisas nos permitirão expulsar quem não tem que estar na França", disse o presidente.

Sarkozy assinalou que a operação "está vinculada a uma forma de islamismo radical" e que se produz após o "trauma" provocado na sociedade francesa pelos crimes de Merah.

O presidente também relacionou os atentados de Toulouse e Montauban à proibição da entrada de pregadores radicais no país.

A operação, dirigida pelos serviços de espionagem e que contou com agentes especiais do corpo de elite RAID, tem como objetivo desmantelar certos grupos radicais islâmicos do país.

O diário "Le Figaro" indica em seu site que as detenções estão relacionadas ao grupo jihadista Forsane Alizza, dissolvido pelo Ministério do Interior em 29 de fevereiro e que tinha sua principal base em Nantes.

No entanto, Sarkozy ordenou uma pesquisa mais profunda sobre essas organizações radicais islâmicas após os massacres de Merah, que disse ser membro da Al Qaeda.

Os agentes se encontram agora em determinar se Merah contou com cúmplices para cometer seus crimes.

Abdelkader Merah, irmão mais velho do assassino confesso, se encontra detido sob a acusação de cumplicidade.

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