Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

França garante que armas dadas aos sírios não chegam ao EI

"Entregamos armas há vários meses, mas estivemos muito atentos para que fossem autorizadas pela Europa e que não houvesse mau uso", indicou chefe da diplomacia

Modo escuro


	Estado Islâmico na Síria: ministro francês não recomendou atacar este grupo jihadista em território sírio, embora apoiou fazê-lo no Iraque
 (Reuters)

Estado Islâmico na Síria: ministro francês não recomendou atacar este grupo jihadista em território sírio, embora apoiou fazê-lo no Iraque (Reuters)

D
Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014, 06h45.

Pari - O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, garantiu nesta sexta-feira que as armas que entregaram no passado aos rebeldes moderados sírios não chegaram aos jihadistas do Estado Islâmico (EI), e destacou a importância de se combater esse grupo jihadista, que considerou mais perigoso do que a Al Qaeda.

"Entregamos essas armas há vários meses, mas estivemos muito atentos para que fossem autorizadas pela Europa e que não houvesse mau uso ou confisco", indicou o chefe da diplomacia em uma entrevista à televisão "BFMTV".

Fabius lembrou que em 2013 a União Europeia autorizou a entrega de "armas não letais" aos rebeldes sírios da oposição moderada.

O ministro francês, da mesma forma que fez há dois dias o presidente, François Hollande, afirmou que a comunidade internacional deveria ter ajudado mais a oposição moderada para evitar o nascimento de um grupo como o EI.

Fabius se mostrou prudente sobre a possibilidade de atacar a este grupo jihadista em território sírio, embora apoiou fazê-lo no Iraque.

"No Iraque, os Estados Unidos bombardeiam a pedido do governo, na Síria governa o ditador Bashar (al-Assad)", ressaltou o ministro, que apostou por continuar com a ajuda aos rebeldes.

"O EI abandona Al Qaeda porque a acha branda demais. Nasceu na Síria porque Bashar al Assad o ajudou a nascer, porque alguns de seus dirigentes eram prisioneiros na Síria que Bashar libertou", disse Fabius.

Fabius reiterou que estão armando os curdos do Iraque para igualar seu arsenal, procedente da guerra entre Iraque e o Irã, ao de seus adversários jihadistas, que têm armas mais modernas que tomaram do exército iraquiano, armado pelos Estados Unidos.

Mas o ministro descartou uma intervenção direta em território iraquiano.

Fabius não quis detalhar as fontes de financiamento do EI e se limitou a afirmar que procedem de "gente que pensava que se protegia ao ajudá-los".

Os jihadistas constituem "uma ameaça para toda a região, para a Europa e para todo o mundo, atuam com uma violência desconhecida e seu objetivo é constituir um califado e eliminar todos que não pensam como eles", assegurou.

O chefe da diplomacia, que ontem à noite recebeu em Paris o primeiro grupo de refugiados cristãos vindos do Iraque, confirmou que a França acolherá outros, "pode ser que inclusive milhares", "casos extremos que têm laços com a França". EFE

Últimas Notícias

ver mais
Governo da Colômbia e guerrilheiros do ELN concordam com cessar-fogo bilateral
Mundo

Governo da Colômbia e guerrilheiros do ELN concordam com cessar-fogo bilateral

Há 10 horas
Ataque do Al-Shabab a hotel deixa nove mortos na Somália
Mundo

Ataque do Al-Shabab a hotel deixa nove mortos na Somália

Há 12 horas
Putin diz que contraofensiva da Ucrânia começou, em meio a ataque de drones
Mundo

Putin diz que contraofensiva da Ucrânia começou, em meio a ataque de drones

Há 13 horas
Crianças perdidas há 40 dias na Amazônia colombiana são encontradas vivas; entenda
Mundo

Crianças perdidas há 40 dias na Amazônia colombiana são encontradas vivas; entenda

Há 14 horas
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais