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França garante que armas dadas aos sírios não chegam ao EI

"Entregamos armas há vários meses, mas estivemos muito atentos para que fossem autorizadas pela Europa e que não houvesse mau uso", indicou chefe da diplomacia


	Estado Islâmico na Síria: ministro francês não recomendou atacar este grupo jihadista em território sírio, embora apoiou fazê-lo no Iraque
 (Reuters)

Estado Islâmico na Síria: ministro francês não recomendou atacar este grupo jihadista em território sírio, embora apoiou fazê-lo no Iraque (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 06h45.

Pari - O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, garantiu nesta sexta-feira que as armas que entregaram no passado aos rebeldes moderados sírios não chegaram aos jihadistas do Estado Islâmico (EI), e destacou a importância de se combater esse grupo jihadista, que considerou mais perigoso do que a Al Qaeda.

"Entregamos essas armas há vários meses, mas estivemos muito atentos para que fossem autorizadas pela Europa e que não houvesse mau uso ou confisco", indicou o chefe da diplomacia em uma entrevista à televisão "BFMTV".

Fabius lembrou que em 2013 a União Europeia autorizou a entrega de "armas não letais" aos rebeldes sírios da oposição moderada.

O ministro francês, da mesma forma que fez há dois dias o presidente, François Hollande, afirmou que a comunidade internacional deveria ter ajudado mais a oposição moderada para evitar o nascimento de um grupo como o EI.

Fabius se mostrou prudente sobre a possibilidade de atacar a este grupo jihadista em território sírio, embora apoiou fazê-lo no Iraque.

"No Iraque, os Estados Unidos bombardeiam a pedido do governo, na Síria governa o ditador Bashar (al-Assad)", ressaltou o ministro, que apostou por continuar com a ajuda aos rebeldes.

"O EI abandona Al Qaeda porque a acha branda demais. Nasceu na Síria porque Bashar al Assad o ajudou a nascer, porque alguns de seus dirigentes eram prisioneiros na Síria que Bashar libertou", disse Fabius.

Fabius reiterou que estão armando os curdos do Iraque para igualar seu arsenal, procedente da guerra entre Iraque e o Irã, ao de seus adversários jihadistas, que têm armas mais modernas que tomaram do exército iraquiano, armado pelos Estados Unidos.

Mas o ministro descartou uma intervenção direta em território iraquiano.

Fabius não quis detalhar as fontes de financiamento do EI e se limitou a afirmar que procedem de "gente que pensava que se protegia ao ajudá-los".

Os jihadistas constituem "uma ameaça para toda a região, para a Europa e para todo o mundo, atuam com uma violência desconhecida e seu objetivo é constituir um califado e eliminar todos que não pensam como eles", assegurou.

O chefe da diplomacia, que ontem à noite recebeu em Paris o primeiro grupo de refugiados cristãos vindos do Iraque, confirmou que a França acolherá outros, "pode ser que inclusive milhares", "casos extremos que têm laços com a França". EFE

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