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França e Rússia se encontram para discutir Síria

A França tem pressionado por uma forte resolução do Conselho de Segurança e culpou o governo sírio pelo ataque químico


	Serguei Lavrov: o chanceler russo disse que qualquer resolução com ameaças é prejudicial ao plano de desarmamento químico da Síria
 (Kirill Kudryavtsev/AFP)

Serguei Lavrov: o chanceler russo disse que qualquer resolução com ameaças é prejudicial ao plano de desarmamento químico da Síria (Kirill Kudryavtsev/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 07h52.

Moscou - O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, se encontrou na terça-feira em Moscou com o ministro russo Sergei Lavrov, em uma tentativa de superar divergências em relação a uma nova resolução das Nações Unidas sobre a Síria e seu arsenal químico.

A França tem pressionado por uma forte resolução do Conselho de Segurança e culpou o governo sírio pelo ataque com gás sarin em Ghouta, no subúrbio em Damasco, em 21 de agosto.

Fabius, que se já reuniu com os seus homólogos norte-americano e britânico na segunda-feira, deverá enviar juntamente com o Reino Unido um esboço de resolução que exige uma ameaça de sanção caso o presidente sírio, Bashar Assad, não atenda as exigências de um plano de desarmamento. O plano foi criado em um acordo, durante o fim de semana, entre Rússia e EUA.

No entanto, Lavrov disse na segunda-feira que qualquer resolução com ameaças é prejudicial ao plano de desarmamento químico da Síria e ao plano de longo prazo voltado para paz no país devastado pela guerra. Nos últimos 30 meses, 110 mil pessoas já foram mortas na Síria.

O ministro russo disse que a resolução deve simplesmente apoiar o programa da Organização para a Proibição de Armas Químicas e oferecer levar trabalhadores adicionais para proteger os locais que abrigam os componentes químicos da Síria.

A Rússia insistiu que o ataque de 21 de agosto foi uma provocação feita pelos rebeldes, alegando que o uso de armas químicas não era do interesse de Assad. Mas a França, os EUA e o Reino Unido culpam o regime.

Os EUA disseram que o ataque matou mais de 1.400 pessoas e o chefe da ONU, Ban Ki-moon, condenou a ofensiva como um "crime de guerra". No entanto, os especialistas das Nações Unidas que visitaram o local não atribuíram culpa a nenhum dos lados. Fonte: Dow Jones Newswires.

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