Mundo

França e Alemanha querem acesso a mensagens criptografadas

Os serviços de inteligência franceses estão enfrentando dificuldades para interceptar mensagens de militantes islâmicos


	Criptografia: muitos dos grupos agora usam serviços de mensagens criptografadas em vez das redes sociais tradicionais
 (AFP / Thomas Samson)

Criptografia: muitos dos grupos agora usam serviços de mensagens criptografadas em vez das redes sociais tradicionais (AFP / Thomas Samson)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 15h33.

Paris - França e Alemanha querem obrigar operadores de serviços de mensagens móveis a dar acesso a conteúdos criptografados para investigações sobre terrorismo, após uma série de ataques mortais nos dois países.

Os serviços de inteligência franceses, sob forte alerta desde que atiradores assassinaram centenas de civis em Paris, em novembro, e em Nice, em julho, estão enfrentando dificuldades para interceptar mensagens de militantes islâmicos.

Muitos dos grupos agora usam serviços de mensagens criptografadas em vez das redes sociais tradicionais, o próprio Estado Islâmico sendo um grande usuário de tais aplicativos, disseram investigadores de vários países.

O Ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que a Comissão Europeia deve esboçar um projeto de lei que obrigue as operadoras a cooperar em investigações sobre militantes.

"Se tal legislação for adotada, isto nos permitiria impor obrigações em nível europeu a operadoras não cooperativas", ele disse em conferência conjunta com seu colega alemão em Paris.

A Comissão Europeia disse que saudou as iniciativas franco-alemãs. A estrutura legal existente para privacidade online já está sob revisão, disse.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaEuropaFrançaPaíses ricosTerrorismo

Mais de Mundo

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano

Argentinos de classe alta voltam a viajar com 'dólar barato' de Milei

Trump ameaça retomar o controle do Canal do Panamá