François Hollande: "A França fará tudo o que for possível para conhecer a verdade do que aconteceu com Gilberto Rodrigues Leal e não deixará este caso impune", afirmou o presidente da França (Philippe Wojazer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2014 às 18h01.
Paris - O presidente francês, François Hollande, disse nesta terça-feira que "tudo indica" que o cidadão francês de origem portuguesa Gilberto Rodrigues Leal, de 61 anos, morreu "há várias semanas por conta das condições de seu sequestro" no Sahel.
"A França fará tudo o que for possível para conhecer a verdade do que aconteceu com Gilberto Rodrigues Leal e não deixará este caso impune", afirmou Hollande, segundo um comunicado do Eliseu, sede da presidência francesa.
Pouco antes, meios de comunicação locais indicaram que Leal tinha falecido como consequência de uma doença enquanto estava sequestrado por um grupo jihadista no Mali desde novembro de 2012.
A morte de Leal, se for confirmada definitivamente, ocorre dias depois da libertação de quatro jornalistas franceses -Edouard Elias, Didier François, Nicolas Hénin e Pierre Torres- que tinham sido sequestrados em junho de 2013 na Síria.
O único refém francês seria agora Serge Lazarevic, detido em novembro de 2011 no nordeste do Mali.
Gilberto Rodrigues Leal foi sequestrado no leste do Mali pelo Movimento pela Unidade e Jihad na África Ocidental (MUJAO) na fronteira entre Mauritânia e Mali, quando efetuava uma viagem pelo deserto em caravana.
De acordo com o jornal "Midi Libre", sua morte pode ter ocorrido há vários meses e os sequestradores se desfizeram do corpo, como já ocorreu em julho com o corpo de Philippe Verdon.
Há 16 meses, as autoridades francesas não tinham prova de vida de Leal, apesar dos constantes pedidos da família.
No domingo, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, se mostrou "muito inquieto" sobre a situação do refém.