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Fragmentos de estátua de Lênin derrubada são leiloados

A estátua, que estava na Praça de Bessarabia desde dezembro de 1946, foi derrubada no domingo por um grupo de ativistas opositores com a ajuda de cabos de aço

Manifestantes em Kiev: ativistas, vários com bandeiras nacionalistas, arrancaram depois a marteladas fragmentos da estátua e os levaram como lembrança (©afp.com / VASILY MAXIMOV)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 14h36.

Kiev - Os fragmentos da estátua de Lênin derrubada na noite de ontem pelos opositores do governo em Kiev foram postos à venda nesta segunda-feira em vários sites da Ucrânia por US$ 6,25 (cerca de R$14), o menor preço do quilo de quartzito.

"Vendemos um fragmentos do último Lênin de Kiev. Os preços dependem do peso e da parte do corpo da qual se trate. A mão custa US$ 120 (cerca de R$278). Já um pedaço do braço custa US$ 90 (cerca de R$ 208)", afirma um dos anúncios.

Já a cabeça do fundador do Estado soviético "não tem preço".

"Coloque o preço", diz o anúncio, que oferece a US$ 6,25 (cerca de R$14) os restos de fragmentos do monumento feito de quartzito vermelho, a mesma rocha utilizada para o Mausoléu de Lênin de Moscou, onde jaz a múmia do líder comunista.

O anúncio afirma: "Você tem a oportunidade única de adquirir um pedaço de História, um pedaço do Lênin derrubado em 8 de dezembro de 2013".

A estátua, obra do escultor Sergei Merkurov e que estava na Praça de Bessarabia desde dezembro de 1946, foi derrubada no domingo por um grupo de ativistas opositores com a ajuda de cabos de aço.

Os ativistas, vários com bandeiras nacionalistas, arrancaram depois a marteladas fragmentos da estátua e os levaram como lembrança.

A polícia abriu uma investigação em virtude do artigo 294 do código penal (distúrbios maciços).


"É preciso abster-se de ações incivilizadas. A estátua de Lênin não resolve nada e sua derrubada só faz complicar as negociações com outras forças políticas", disse no palco da Praça da Independência a cantora Ruslana, ganhadora de Eurovision 2004 e ativista nos protestos.

Segundo Ruslana, os atos de vandalismo "jogam sombras sobre os legítimos propósitos dos cidadãos de defender seus direitos".

Enquanto isso, o líder comunista ucraniano, Petro Symonenko, disse que o incidente não só é um "ato de vandalismo", mas demonstra que o objetivo dos protestos antigovernamentais é "instigar o ódio (...) e destruir o Estado por todos os meios".

Symonenko acusou a oposição de utilizar, com a autorização dos Estados Unidos e da União Europeia, grupos extremistas compostos por jovens neonazistas para provocar as autoridades.

Além disso, na madrugada de domingo para segunda-feira, outra estátua de Lênin foi derrubada, desta vez na cidade da região litorânea de Odessa.

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"Vendemos um fragmentos do último Lênin de Kiev. Os preços dependem do peso e da parte do corpo da qual se trate. A mão custa US$ 120 (cerca de R$278). Já um pedaço do braço custa US$ 90 (cerca de R$ 208)", afirma um dos anúncios.

Já a cabeça do fundador do Estado soviético "não tem preço".

"Coloque o preço", diz o anúncio, que oferece a US$ 6,25 (cerca de R$14) os restos de fragmentos do monumento feito de quartzito vermelho, a mesma rocha utilizada para o Mausoléu de Lênin de Moscou, onde jaz a múmia do líder comunista.

O anúncio afirma: "Você tem a oportunidade única de adquirir um pedaço de História, um pedaço do Lênin derrubado em 8 de dezembro de 2013".

A estátua, obra do escultor Sergei Merkurov e que estava na Praça de Bessarabia desde dezembro de 1946, foi derrubada no domingo por um grupo de ativistas opositores com a ajuda de cabos de aço.

Os ativistas, vários com bandeiras nacionalistas, arrancaram depois a marteladas fragmentos da estátua e os levaram como lembrança.

A polícia abriu uma investigação em virtude do artigo 294 do código penal (distúrbios maciços).


"É preciso abster-se de ações incivilizadas. A estátua de Lênin não resolve nada e sua derrubada só faz complicar as negociações com outras forças políticas", disse no palco da Praça da Independência a cantora Ruslana, ganhadora de Eurovision 2004 e ativista nos protestos.

Segundo Ruslana, os atos de vandalismo "jogam sombras sobre os legítimos propósitos dos cidadãos de defender seus direitos".

Enquanto isso, o líder comunista ucraniano, Petro Symonenko, disse que o incidente não só é um "ato de vandalismo", mas demonstra que o objetivo dos protestos antigovernamentais é "instigar o ódio (...) e destruir o Estado por todos os meios".

Symonenko acusou a oposição de utilizar, com a autorização dos Estados Unidos e da União Europeia, grupos extremistas compostos por jovens neonazistas para provocar as autoridades.

Além disso, na madrugada de domingo para segunda-feira, outra estátua de Lênin foi derrubada, desta vez na cidade da região litorânea de Odessa.

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