A presidente argentina, Cristina Kirchner: Tribunal Internacional sobre Direito do Mar (TIDM), com sede em Hamburgo (Alemanha), ordenou a liberação da fragata (AFP/Alejandro Pagni)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 17h48.
Acra - A fragata argentina ''Libertad'' deixou nesta quarta-feira o porto de Tema, em Gana, onde ficou retida desde o dia 2 de outubro, informou à Agência Efe uma fonte da autoridade portuária do país africano.
''Ela se movimentou para fora do porto. Uma vez que está fora, pode ir embora'', acrescentou a fonte.
''O navio está finalmente saindo do porto'', confirmou também o diretor interino do porto de Tema, Jacob Adorkor, em declarações reproduzidas pela emissora ganesa ''Joy FM''.
Adorkor assegurou que a Suprema Corte do país africano revogou hoje a ordem que mantinha a embarcação militar retida e que receberam informação que o navio podia abandonar as instalações portuárias de Tema.
No sábado passado, o Tribunal Internacional sobre Direito do Mar (TIDM), com sede em Hamburgo (Alemanha), ordenou a liberação da fragata, o que o Governo ganês respondeu com a promessa de tentar revogar a ordem judicial que retém o navio.
O TIDM deu a Gana um prazo até o dia 22 de dezembro para que confirme a partida da embarcação argentina e exigiram que o país africano facilite o abastecimento do navio antes de abandonar suas águas jurisdicionais.
Nesta terça-feira, a presidente argentina Cristina Kirchner disse que a fragata chegará ao porto de Mar del Plata (400 quilômetros ao sul de Buenos Aires) no próximo dia 9 de janeiro.
No final do outubro passado, três semanas depois da retenção da fragata, 281 membros da tripulação foram retirados de Gana, enquanto ficou a bordo uma dotação mínima de 44 marinheiros, incluído o capitão.
A fim de realizar a operação de retorno da fragata, nesta manhã chegaram a Gana mais 98 marinheiros enviados pela Argentina.
A fragata, navio-escola da Marinha argentina há meio século, ficou imobilizada em Gana no último dia 2 de outubro por um processo dos fundos NML Capital para exigir o pagamento de bônus soberanos, assunto que tramita em Nova York e está pendente desde o final de 2001.