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Foto de líder do Pegida imitando Hitler causa polêmica

Lutz Bachmann provocou uma nova polêmica na Alemanha por causa de uma fotografia na qual aparece imitando Adolf Hitler

A fotografia de Lutz Bachmann como Hitler, líder do grupo Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida) (Reprodução)

A fotografia de Lutz Bachmann como Hitler, líder do grupo Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida) (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 15h53.

Berlim - O líder dos Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida), Lutz Bachmann, provocou nesta quarta-feira uma nova polêmica na Alemanha por causa de uma fotografia na qual aparece imitando Adolf Hitler.

A fotografia, postada em sua própria conta no Facebook, foi reproduzida hoje na manchete do popular jornal "Bild" e nela aparece o líder do movimento com o bigode típico de Hitler e o penteado habitual do ditador nazista, em uma clássica pose.

Em declarações ao jornal, Bachmann explicou que se trata de uma "brincadeira" por conta do lançamento em áudio do livro "Ele está de volta", romance de Timur Vermes no qual conta um suposto retorno de Hitler ao mundo desde uma perspectiva cômica.

O jornal alemão, que durante estes dias dedicou criticou e investigou a figura de Bachmann e de sua companheira de fileiras Kathrin Oertel, recolhe uma frase do líder na rede em que classifica os solicitantes de asilo de "gado", "sem-vergonhas" e "ralé".

A Procuradoria de Dresden, a cidade do leste do país onde teve origem o Pegida, tinha anunciado ontem que analisava os conteúdos da conta do movimento no Facebook e de seu líder, e hoje foram abertas diligências contra ambos por suspeitas de agitação e instigação à violência.

Um dos membros da direção do Pegida, Rene Jahn, expressou sua profunda rejeição à foto imitando Hitler e afirmou que a imagem prejudica o movimento.

Desde suas primeiras manifestações, o Pegida sustentou que é integrado por cidadãos comuns, não ultradireitistas, que unicamente se preocupa com a movimentação, por isso que qualificam de islamização do país, como consequência da imigração muçulmana.

Os eurocéticos da Alternativa para a Alemanha (AfD), única formação política do país que até agora tinha mantido contatos com o Pegida, pediram à cúpula que se distancie dessa imagem de Bachmann disfarçado de Hitler.

A organização desistiu na segunda-feira passada de realizar o que teria sido sua 13ª manifestação em Dresden por ameaças de atentados islamitas, após o recorde de assistência da semana anterior, com 25 mil manifestantes.

Uma organização co-irmã, batizada como Legida -por estar radicada na cidade de Leipzig, vizinha de Dresden- convocou para hoje uma manifestação alternativa.

Fontes do movimento avaliaram ontem em 60 mil o número de presentes potenciais a esta manifestação.

Vários grupos e organizações de esquerda convocaram manifestações contrárias, também em Leipzig.

A polícia preparou um amplo dispositivo de segurança com até 4 mil agentes, já que na semana passada as convocações contra o Pegida em dita cidade foram apoiadas por cerca de 30 mil pessoas.

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