Fóruns prévios aquecerão debate na Cúpula das Américas
VII Cúpula das Américas terá como eixos temáticos saúde, educação, meio ambiente, energia, segurança, migração, governança democrática e participação popular
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2015 às 14h55.
Cidade do Panamá - A sétima edição da Cúpula das Américas, que pela primeira vez reunirá os 35 países do continente, será precedida por quatro fóruns que aquecerão o debate sobre temas sociais, políticos e econômicos e entregarão recomendações aos governos.
Tratam-se dos fóruns de sociedade civil, juventude e de reitores - esse último inédito -, coordenados pela Organização dos Estados Americanos ( OEA ) e pelo governo do Panamá, além de um fórum de empresários por iniciativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A polêmica começou há semanas em torno desses encontros, principalmente o da sociedade civil. Enquanto setores de esquerda denunciam que os critérios de seleção dos participantes foram determinados por Washington, os organizadores ressaltam que se sobressaiu a igualdade.
A suposta exclusão nesses cenários de alianças "progressistas" da América Latina a favor da presença de grupos de direita apoiados por Washington foi apresentada como uma das razões para a realização da Cúpula dos Povos nos dias 9 e 10 de abril, uma "alternativa" à das Américas.
O governo do Panamá , anfitrião da cúpula presidencial, afirma que o país está aberto para receber todos os setores e pediu que o respeito pelo próximo marque os diferentes debates tanto no encontro de governantes como nos eventos prévios.
A vice-presidente e chanceler panamenha, Isabel de Saint Malo de Alvarado, foi enfática ao dizer que os fóruns foram concebidos para discutir os mesmos temas da cúpula, e não como colóquio para abordar a situação particular de um país ou grupo.
A VII Cúpula das Américas, sob o lema "Prosperidade com Igualdade", terá como eixos temáticos saúde, educação, meio ambiente, energia, segurança, migração, governança democrática e participação popular.
A insistência do governo panamenho sobre a temática dos fóruns se dá enquanto o aumento de tensão entre Venezuela e Estados Unidos nas últimas semanas monopoliza as análises e comentários sobre a cúpula e o que se espera dela.
A divergência entre Caracas e Washington inclusive tirou um pouco do brilho do histórico processo de aproximação iniciado em dezembro entre o governo americano e Cuba, o que a princípio se pensava que seria o foco da reunião.
Nesse contexto, o chamado fórum da sociedade civil promete reunir entre os dias 8 e 10 de abril cerca de 700 organizações de dissidentes cubanos, opositores venezuelanos, grupos pró-governo de todos os países, ultraconservadores e os que defendem a diversidade sexual, entre outros.
A organização do fórum foi uma "situação difícil para fazer os equilíbrios correspondentes", confessou à Agência Efe o representante Rubén Castillo, que disse saber que será alvo das "críticas de gregos e troianos".
Para setores de esquerda no Panamá, o chamado Fórum da Sociedade Civil está "manipulado" pelos Estados Unidos, como disse o catedrático panamenho Olmedo Beluche, um dos organizadores da Cúpula dos Povos.
Em Havana, o jornal "Juventud Rebelde" informou no sábado que "mais de cem representantes da sociedade civil cubana estarão presentes nos fóruns e atividades paralelas da VII Cúpula das Américas".
O IV Fórum da Juventude será realizado nos dias 8 e 9 por iniciativa da ONG Young Americas Business Trust, para que jovens "líderes e empreendedores entre 18 e 34 anos apresentem aos governos recomendações, opiniões, ações e iniciativas sobre as áreas temáticas da Cúpula de presidentes".
O II fórum empresarial reunirá nos dias 9 e 10 de abril diretores do alto escalão das empresas mais importantes do continente para que compartilhem "ideias sobre as questões-chave para o fortalecimento do setor privado e as prioridades e oportunidades para o desenvolvimento da região".
O fórum de reitores, também nos dias 9 e 10, convocou 400 reitores de universidades públicas e privadas de toda a América que focarão a discussão em assuntos como mobilidade acadêmica, tecnologia e inovação como ferramentas de melhoria e pesquisa, e no desenvolvimento econômico sustentável.
Cidade do Panamá - A sétima edição da Cúpula das Américas, que pela primeira vez reunirá os 35 países do continente, será precedida por quatro fóruns que aquecerão o debate sobre temas sociais, políticos e econômicos e entregarão recomendações aos governos.
Tratam-se dos fóruns de sociedade civil, juventude e de reitores - esse último inédito -, coordenados pela Organização dos Estados Americanos ( OEA ) e pelo governo do Panamá, além de um fórum de empresários por iniciativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A polêmica começou há semanas em torno desses encontros, principalmente o da sociedade civil. Enquanto setores de esquerda denunciam que os critérios de seleção dos participantes foram determinados por Washington, os organizadores ressaltam que se sobressaiu a igualdade.
A suposta exclusão nesses cenários de alianças "progressistas" da América Latina a favor da presença de grupos de direita apoiados por Washington foi apresentada como uma das razões para a realização da Cúpula dos Povos nos dias 9 e 10 de abril, uma "alternativa" à das Américas.
O governo do Panamá , anfitrião da cúpula presidencial, afirma que o país está aberto para receber todos os setores e pediu que o respeito pelo próximo marque os diferentes debates tanto no encontro de governantes como nos eventos prévios.
A vice-presidente e chanceler panamenha, Isabel de Saint Malo de Alvarado, foi enfática ao dizer que os fóruns foram concebidos para discutir os mesmos temas da cúpula, e não como colóquio para abordar a situação particular de um país ou grupo.
A VII Cúpula das Américas, sob o lema "Prosperidade com Igualdade", terá como eixos temáticos saúde, educação, meio ambiente, energia, segurança, migração, governança democrática e participação popular.
A insistência do governo panamenho sobre a temática dos fóruns se dá enquanto o aumento de tensão entre Venezuela e Estados Unidos nas últimas semanas monopoliza as análises e comentários sobre a cúpula e o que se espera dela.
A divergência entre Caracas e Washington inclusive tirou um pouco do brilho do histórico processo de aproximação iniciado em dezembro entre o governo americano e Cuba, o que a princípio se pensava que seria o foco da reunião.
Nesse contexto, o chamado fórum da sociedade civil promete reunir entre os dias 8 e 10 de abril cerca de 700 organizações de dissidentes cubanos, opositores venezuelanos, grupos pró-governo de todos os países, ultraconservadores e os que defendem a diversidade sexual, entre outros.
A organização do fórum foi uma "situação difícil para fazer os equilíbrios correspondentes", confessou à Agência Efe o representante Rubén Castillo, que disse saber que será alvo das "críticas de gregos e troianos".
Para setores de esquerda no Panamá, o chamado Fórum da Sociedade Civil está "manipulado" pelos Estados Unidos, como disse o catedrático panamenho Olmedo Beluche, um dos organizadores da Cúpula dos Povos.
Em Havana, o jornal "Juventud Rebelde" informou no sábado que "mais de cem representantes da sociedade civil cubana estarão presentes nos fóruns e atividades paralelas da VII Cúpula das Américas".
O IV Fórum da Juventude será realizado nos dias 8 e 9 por iniciativa da ONG Young Americas Business Trust, para que jovens "líderes e empreendedores entre 18 e 34 anos apresentem aos governos recomendações, opiniões, ações e iniciativas sobre as áreas temáticas da Cúpula de presidentes".
O II fórum empresarial reunirá nos dias 9 e 10 de abril diretores do alto escalão das empresas mais importantes do continente para que compartilhem "ideias sobre as questões-chave para o fortalecimento do setor privado e as prioridades e oportunidades para o desenvolvimento da região".
O fórum de reitores, também nos dias 9 e 10, convocou 400 reitores de universidades públicas e privadas de toda a América que focarão a discussão em assuntos como mobilidade acadêmica, tecnologia e inovação como ferramentas de melhoria e pesquisa, e no desenvolvimento econômico sustentável.