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Forças de Kadafi e rebeldes estão prontos para batalha de Ajdabiya

Confrontos na Líbia chegam ao seu 28º dia

General Abdel Yunis, comandante das forças rebeldes na Líbia: oposição está inquieta (Gianluigi Guercia/AFP)

General Abdel Yunis, comandante das forças rebeldes na Líbia: oposição está inquieta (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 10h13.

Ajdabiya - As forças de Muammar Kadafi avançavam nesta segunda-feira para Ajdabiya, onde os insurgentes preparam sua defesa, enquanto muitos civis fogem desta cidade-chave, no caminho para Benghazi, "capital" rebelde, no 28º dia de conflitos na Líbia.

Quatro obuses caíram nesta segunda-feira a seis quilômetros da saída oeste da cidade, sem provocar vítimas, segundo os insurgentes, que ainda controlam a localidade, 160 km ao sul de Benghazi.

Na estrada entre Ajdabiya e Benghazi, afetada por uma tempestade de areia, muitos civis fugiam a bordo de caminhonetes.

Benghazi, segunda maior cidade do país, pode ser atacada em breve pelas tropas de Kadafi, que nos últimos dias reconquistaram várias cidades que caíram sob controle dos rebeldes, em particular Brega (80 km a oeste de Ajdabiya).

Estimuladas pelo avanço dos últimos dias, as forças governamentais anunciaram que os militares que passaram para o lado dos insurgentes receberão um indulto caso decidam se entregar às autoridades.

Ajdabiya é uma "cidade vital" e será defendida, afirmou no domingo o comandante das forças rebeldes, o general Abdel Fatah Yunis.

Em Benghazi, a 1.000 quilômetros de Trípoli, a euforia das primeiras semanas de revolta deu lugar à inquietação.


A cidade, onde as redes de telefonia móvel foram desativadas, depende agora da posição das potências ocidentais.

Um dirigente da Al-Qaeda, Aou Yahya al-Libi, pediu aos insurgentes que prossigam com os combates, em um vídeo divulgado no domingo na internet.

Esta foi a primeira reação da Al-Qaeda, a quem Kadafi atribui a rebelião desde o início dos protestos, em 15 de fevereiro.

O conflito líbio, em particular o pedido de uma zona de exclusão aérea formulado no domingo pela Liga Árabe, será analisado nesta segunda-feira em Paris pelos chanceleres do G8.

China e Rússia, membros do Conselho de Segurança da ONU, manifestaram dúvidas a respeito da demanda da Liga Árabe, enquanto Índia, membro não permanente, e a Turquia, que integra a Otan, expressaram oposição.

Em Paris, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, terá um encontro com Mahmud Jibril, encarregado das relações exteriores do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão que representa a oposição.

Nesta segunda-feira, Kadafi convidou as empresas de petróleo de China, Rússia e Índia a explorar as reservas da Líbia, que foram abandonadas pela maioria das empresas estrangeiras.

Depois da reconquista de Ras Lanuf e Brega, a compahia estatal líbia anunciou que os portos petroleiros estavam operacionais e seguros.

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