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Forças colombianas matam ao menos 20 guerrilheiros das Farc

Apesar de um processo de pacificação estar em curso, o ataque foi o mais letal desde outubro


	Soldados colombianos durante ofensiva contra as Farc:: operação consistiu em um ataque aéreo seguido de incursão terrestre
 (Luis Robayo/AFP)

Soldados colombianos durante ofensiva contra as Farc:: operação consistiu em um ataque aéreo seguido de incursão terrestre (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 18h23.

Bogotá - As forças colombianas mataram ao menos 20 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em uma operação aérea e terrestre perto da fronteira com o Equador, disse um general do Exército nesta segunda-feira, no ataque mais violento contra os rebeldes desde que foi iniciado um processo de paz.

Apesar das conversações para encerrar 50 anos de guerra, o governo da Colômbia prometeu manter as operações militares mesmo com a declaração de cessar-fogo unilateral de dois meses pelas Farc enquanto os dois lados tentam selar um acordo.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, espera que uma década de operações contra as Farc, promovidas com o apoio dos Estados Unidos, tenha deixado o grupo fraco o suficiente para buscar o fim da guerra.

Na ofensiva mais letal desde meados de outubro, quando os dois lados iniciaram as negociações, um ataque aéreo seguido por uma incursão terrestre contra três acampamentos das Farc no departamento de Narino, no sudoeste do país, matou ao menos 20 rebeldes na noite de domingo.

"Com a força do ataque, encontramos restos humanos que estão no processo de serem identificados. Estamos falando sobre mais de 20 mortos, mas o número poderá ser maior", disse à Reuters o general Leonardo Barrero, chefe do Comando Conjunto do Sudoeste. Barrero afirmou que as forças de segurança conseguiram identificar até agora seis corpos.


Narino é um microcosmo da série de problemas enfrentados pela Colômbia -- fraca presença do governo, produção de drogas, pobreza e presença de guerrilheiros e de novas quadrilhas que algumas vezes lutam contra e outras se tornam aliadas.

As conversações de paz, que ocorrem em Cuba, tentam lidar com algumas das causas de base do conflito, como desenvolvimento agrário, drogas, participação política dos grupos de oposição e reparação às vítimas.

Santos disse no fim de semana que as discussões não devem se arrastar por muito tempo e afirmou que elas precisam ser finalizadas até no máximo novembro do ano que vem. Os rebeldes afirmaram que negociariam o tempo que fosse preciso.

Após uma breve parada depois da primeira rodada de discussões em Havana sobre desenvolvimento rural, os grupos negociadores devem retomar as discussões nesta semana. Os dois lados disseram que as negociações seguem como o esperado.

"Na noite passada eu me encontrei com o meu grupo de negociação. O balanço do primeiro encontro foi positivo. Ninguém pensa em modificar o cronograma. Meses, não anos", disse Santos na segunda-feira em uma mensagem para seus 1,4 milhão de seguidores no Twitter.

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