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Fome é arma de guerra para o Exército sírio, denuncia AI

Exército sírio utiliza a fome como arma de guerra, denuncia a Anistia Internacional em relatório

Moradores do campo de refugiados de Yarmuk, Síria, aguardam para receber comida doada pela ONU: quase 200 pessoas morreram no local devido às privações (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 10h10.

Beirute - O exército sírio utiliza a fome como arma de guerra , em particular no campo de refugiados palestinos de Yarmuk, em Damasco, denuncia a Anistia Internacional (AI) em um relatório publicado nesta segunda-feira.

Quase 200 pessoas morreram no local devido às privações, das quais 128 de fome, desde que o exército sírio reforçou seu cerco, em julho de 2013, sitiando e impedindo a entrada de alimentos e medicamentos para milhares de civis, segundo a AI.

"A vida em Yarmuk se tornou cada vez mais insuportável para os civis que, desesperados, morrem de fome, presos em um ciclo de sofrimentos sem saída possível", denunciou em um comunicado Philip Luther, responsável da AI para o Oriente Médio.

O campo de Yarmuk é "o mais mortífero de uma série de bloqueios armados em outras zonas civis, impostos pelas forças armadas sírias ou por grupos armados da oposição a 250.000 pessoas através de todo o país", acrescenta a ONG.

O exército sírio sitia Yarmuk, no sul de Damasco, para tentar desalojar combatentes rebeldes, e assim converteu este bairro de 170.000 habitantes, com uma intensa vida comercial e cultural, em um campo de batalha no qual 20.000 civis seguem presos, segundo a agência da ONU encarregada da ajuda a refugiados palestinos (UNWRA).

Segundo a Anistia Internacional, as forças governamentais bombardeiam regularmente os edifícios civis em Yarmuk, o que constitui um crime de guerra.

Ao menos 60% dos civis bloqueados neste acampamento estão desnutridos, e comeram apenas umas poucas frutas e verduras em meses.

"As forças sírias cometem crimes de guerra utilizando a fome dos civis como uma arma de guerra", insiste Luther, apontando "testemunhos de famílias que foram obrigadas a comer seus gatos e cachorros, e de civis baleados por franco-atiradores quando saíam para buscar comida".

Entre os mortos, 18 são crianças e bebês, e os hospitais não possuem o material mais básico, a ponto de alguns terem precisado fechar, segundo a AI.

Há três anos na Síria havia oficialmente 500.000 refugiados palestinos. A metade deles foi deslocado devido ao conflito bélico.

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Beirute - O exército sírio utiliza a fome como arma de guerra , em particular no campo de refugiados palestinos de Yarmuk, em Damasco, denuncia a Anistia Internacional (AI) em um relatório publicado nesta segunda-feira.

Quase 200 pessoas morreram no local devido às privações, das quais 128 de fome, desde que o exército sírio reforçou seu cerco, em julho de 2013, sitiando e impedindo a entrada de alimentos e medicamentos para milhares de civis, segundo a AI.

"A vida em Yarmuk se tornou cada vez mais insuportável para os civis que, desesperados, morrem de fome, presos em um ciclo de sofrimentos sem saída possível", denunciou em um comunicado Philip Luther, responsável da AI para o Oriente Médio.

O campo de Yarmuk é "o mais mortífero de uma série de bloqueios armados em outras zonas civis, impostos pelas forças armadas sírias ou por grupos armados da oposição a 250.000 pessoas através de todo o país", acrescenta a ONG.

O exército sírio sitia Yarmuk, no sul de Damasco, para tentar desalojar combatentes rebeldes, e assim converteu este bairro de 170.000 habitantes, com uma intensa vida comercial e cultural, em um campo de batalha no qual 20.000 civis seguem presos, segundo a agência da ONU encarregada da ajuda a refugiados palestinos (UNWRA).

Segundo a Anistia Internacional, as forças governamentais bombardeiam regularmente os edifícios civis em Yarmuk, o que constitui um crime de guerra.

Ao menos 60% dos civis bloqueados neste acampamento estão desnutridos, e comeram apenas umas poucas frutas e verduras em meses.

"As forças sírias cometem crimes de guerra utilizando a fome dos civis como uma arma de guerra", insiste Luther, apontando "testemunhos de famílias que foram obrigadas a comer seus gatos e cachorros, e de civis baleados por franco-atiradores quando saíam para buscar comida".

Entre os mortos, 18 são crianças e bebês, e os hospitais não possuem o material mais básico, a ponto de alguns terem precisado fechar, segundo a AI.

Há três anos na Síria havia oficialmente 500.000 refugiados palestinos. A metade deles foi deslocado devido ao conflito bélico.

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