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FMI recomenda à China que aprecie sua moeda para estimular demanda interna

Para o fundo, a valorização da moeda vai criar um novo modelo de crescimento orientado para a demanda interna

A opinião do FMI sobre a moeda chinesa está no relatório anual sobre a economia da China (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2011 às 05h31.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu nesta quinta-feira um iuane mais forte ao assinalar que a valorização da moeda chinesa ajudaria o país a criar um novo modelo de crescimento mais orientado em direção à demanda interna.

"A médio prazo, um iuane mais forte seria um importante componente à hora de reequilibrar a economia em direção à demanda doméstica", indicaram os diretores executivos do FMI ao analisarem as conclusões do relatório anual da economia chinesa, divulgado nesta quinta.

Vários membros do Conselho Executivo, integrado por 24 diretores que representam os 187 países do organismo, consideraram que um iuane mais forte é um pré-requisito para reformar o marco macroeconômico do país e estimular a liberalização financeira.

O estudo ressalta ainda que as perspectivas econômicas a curto prazo do gigante asiático seguem "pujantes", e prevê um crescimento de 9,6% para este ano e de 9,5% para o próximo.

O FMI alertou, porém, que a inflação continua sendo um risco para o país, sobretudo devido aos elevados preços dos alimentos e das matérias-primas.

Apesar dos riscos, o organismo prevê que as pressões inflacionárias diminuirão devido ao endurecimento da política monetária.

Segundo as projeções da instituição, a China terá uma inflação de 4% este ano e de 3% em 2012.

Quanto aos desafios, o relatório menciona também a valorização dos ativos e o rápido crescimento do crédito.

Nesse ambiente, o FMI considera justificado um maior endurecimento das políticas monetárias.

O órgão elogiou os passos adotados por Pequim para frear a valorização do setor imobiliário e destacou que para evitar bolhas imobiliárias será necessário encarecer o acesso ao capital, além de maiores impostos sobre os imóveis.

O organismo multilateral também elogia a importância que o plano econômico a longo prazo da China outorga à melhora das redes de proteção social, assim como às medidas para aumentar a renda das famílias e o papel dos mercados na distribuição dos recursos.


Os membros do conselho executivo incidiram que uma mudança no padrão de crescimento estável da China teria consequências "adversas" para o resto do mundo e, por fim, avaliaram que a combinação da valorização do iuane com medidas que consigam reequilibrar o modelo de crescimento trariam "vantagens substanciais" tanto para a China quanto para os outros países do globo.

A China baseou seu fulgurante crescimento econômico na fortaleza de seu setor exportador, um modelo que agora tenta mudar para pôr mais ênfase na demanda interna.

O FMI insistiu em diferentes ocasiões que os países com superávit como a China necessitam estimular mais sua demanda doméstica, enquanto os deficitários, como os EUA, com um modelo muito dependente do consumo interno, precisam fazer a operação contrária.

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Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu nesta quinta-feira um iuane mais forte ao assinalar que a valorização da moeda chinesa ajudaria o país a criar um novo modelo de crescimento mais orientado em direção à demanda interna.

"A médio prazo, um iuane mais forte seria um importante componente à hora de reequilibrar a economia em direção à demanda doméstica", indicaram os diretores executivos do FMI ao analisarem as conclusões do relatório anual da economia chinesa, divulgado nesta quinta.

Vários membros do Conselho Executivo, integrado por 24 diretores que representam os 187 países do organismo, consideraram que um iuane mais forte é um pré-requisito para reformar o marco macroeconômico do país e estimular a liberalização financeira.

O estudo ressalta ainda que as perspectivas econômicas a curto prazo do gigante asiático seguem "pujantes", e prevê um crescimento de 9,6% para este ano e de 9,5% para o próximo.

O FMI alertou, porém, que a inflação continua sendo um risco para o país, sobretudo devido aos elevados preços dos alimentos e das matérias-primas.

Apesar dos riscos, o organismo prevê que as pressões inflacionárias diminuirão devido ao endurecimento da política monetária.

Segundo as projeções da instituição, a China terá uma inflação de 4% este ano e de 3% em 2012.

Quanto aos desafios, o relatório menciona também a valorização dos ativos e o rápido crescimento do crédito.

Nesse ambiente, o FMI considera justificado um maior endurecimento das políticas monetárias.

O órgão elogiou os passos adotados por Pequim para frear a valorização do setor imobiliário e destacou que para evitar bolhas imobiliárias será necessário encarecer o acesso ao capital, além de maiores impostos sobre os imóveis.

O organismo multilateral também elogia a importância que o plano econômico a longo prazo da China outorga à melhora das redes de proteção social, assim como às medidas para aumentar a renda das famílias e o papel dos mercados na distribuição dos recursos.


Os membros do conselho executivo incidiram que uma mudança no padrão de crescimento estável da China teria consequências "adversas" para o resto do mundo e, por fim, avaliaram que a combinação da valorização do iuane com medidas que consigam reequilibrar o modelo de crescimento trariam "vantagens substanciais" tanto para a China quanto para os outros países do globo.

A China baseou seu fulgurante crescimento econômico na fortaleza de seu setor exportador, um modelo que agora tenta mudar para pôr mais ênfase na demanda interna.

O FMI insistiu em diferentes ocasiões que os países com superávit como a China necessitam estimular mais sua demanda doméstica, enquanto os deficitários, como os EUA, com um modelo muito dependente do consumo interno, precisam fazer a operação contrária.

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