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FMI: EUA se expõem a 'grave choque' se não elevar teto da dívida

Fundo é mais uma entidade a pressionar o país por um acordo sobre o assunto; negociações seguem no Congresso

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2011 às 15h42.

Washington - O Fundo Monetário Internacional advertiu nesta segunda-feira, em seu informe anual sobre a economia americana, que os Estados Unidos se expõem a "um grave choque" se o limite da dívida do Estado federal não for elevado a tempo.

"É claro que o limite da dívida do Estado feveral deve ser elevado rapidamente para evitar um choque grave para a economia americana e para os mercados financeiros mundiais", indicam os economistas do FMI no documento.

Os congressistas americanos continuavam nesta segunda-feira negociando medidas orçamentárias que acompanhariam um aumento deste teto, sob o qual o Tesouro estima que não poderá permanecer após 2 de agosto. Depois desta data, os Estados Unidos já não poderão cumprir com todas as suas obrigações, segundo o governo.

Os economistas do FMI mostram-se insatisfeitos com os projetos do governo e da maioria republicana da Câmara de Representantes para reduzir o déficit orçamentário.

"As propostas oficiais para reduzir o déficit podem estar muito concentradas no início do período, levando-se em conta a fragilidade do ciclo (econômico) e, ao mesmo tempo, são insuficientes para estabilizar a dívida em direção a meados da década", lamentaram.

O Fundo projeta uma dívida pública de 99,0% do Produto Interno Bruto em 2011 e 103,0% em 2012, quando, em junho, estimava 98,3% e 102,3%.

"O FMI recomenda que o projeto de redução do déficit inclua tantas medidas específicas quanto for possível e afirma que é essencial uma exposição clara dos objetivos orçamentários a médio prazo, aprovados pelo Congresso", segundo o informe.

Com base no relatório, os Estados membros convocaram Washington a reduzir ordenadamente seus gastos orçamentários, atuando também sobre as receitas.

"A estratégia deveria incluir uma reforma da proteção social, integrando economias adicionais na saúde, assim como aumentos nas receitas que envolvam a redução das isenções fiscais", indicou o Fundo nas atas dos debates do Conselho de Administração sobre este informe.

Obama quer que o Congresso aumente o limite do endividamento para que a administração siga pagando suas contas, mas os republicanos têm exigido cortes drásticos do gasto sem aumento de impostos para frear o déficit.

O governo alcançou o teto legal da dívida federal no dia 16 de maio, mas tem utilizado os ajustes de contabilidade, assim como a arrecadação tributária maior do esperado, para seguir funcionando normalmente até o momento.

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