Sanna Marin, primeira-ministra da Finlândia (Valeria Mongelli/Bloomberg via Getty Images/Getty Images)
AFP
Publicado em 12 de maio de 2022 às 07h43.
Última atualização em 12 de maio de 2022 às 08h47.
O presidente e a primeira-ministra da Finlândia se declararam favoráveis a uma adesão "sem demora" à Otan e afirmaram que a decisão do país nórdico será anunciada no domingo à organização.
"Ser membro da Otan reforçaria a segurança da Finlândia. Como membro da Otan, a Finlândia também reforçaria a Aliança em seu conjunto. A Finlândia deve ser candidata à adesão sem demora", afirmaram em um comunicado publicado nesta quinta-feira (12) o presidente Sauli Niinisto e a primeira-ministra Sanna Marin.
No domingo, os dois pretendem conceder uma entrevista coletiva sobre "decisões que envolvem a política em termos de segurança da Finlândia".
"Esperamos que as etapas internas para esta decisão aconteçam rapidamente nos próximos dias", completaram Niinisto e Marin.
A posição dos dois líderes políticos estabelece a tendência do país, que tem uma fronteira de 1.300 quilômetros com a Rússia e tem um passado doloroso com o influente vizinho.
A invasão da Ucrânia pelas tropas da Rússia, iniciada em 24 de fevereiro, levou a opinião pública finlandesa a apoiar a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte. O mesmo acontece na Suécia.
Atualmente, 76% dos 5,5 milhões de finlandeses se declaram favoráveis à adesão, de acordo com uma pesquisa publicada na segunda-feira. Antes da guerra na Ucrânia, o apoio era de 25%.
No Parlamento, a maioria dos 200 deputados também é favorável. A decisão formal sobre a adesão deve ser tomada por um Conselho sobre a Segurança e Política Externa, que reúne o chefe de Estado, a chefe de Governo e vários ministros.
"Aderir à Otan não é uma decisão que vai contra ninguém", disse o presidente finlandês na quarta-feira, em uma resposta às advertências da Rússia sobre o tema.