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Filipinas estendem presença militar em ilha ameaçada por rebeldes

A região está com o exército desde maio, após rebeldes tomarem o controle de partes da cidade de Marawi, mergulhando o país em sua maior crise de segurança

Filipinas: os insurgentes apresentam forte resistência, com dezenas de combatentes ainda escondidos no centro de Marawi após 57 dias de ofensivas terrestres (Jorge Silva/Reuters)
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Reuters

Publicado em 18 de julho de 2017 às 10h45.

Manila - O presidente das Filipinas , Rodrigo Duterte, pediu nesta terça-feira que o Congresso prorrogue a lei marcial na ilha de Mindanao, no sul do país, até o final do ano, para que as forças de segurança tenham o tempo necessário para acabar com um movimento rebelde inspirado no grupo Estado Islâmico.

A região de 22 milhões de pessoas, que tem um histórico de separatismo e rebelião marxista, foi colocada sob regime militar em 23 de maio, após rebeldes dos grupos Maute e Abu Sayyaf tomarem o controle de partes da cidade de Marawi, mergulhando as Filipinas em sua maior crise de segurança em anos.

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Os insurgentes apresentam forte resistência, com dezenas de combatentes ainda escondidos no centro de Marawi após 57 dias de ofensivas terrestres por parte do governo, ataques aéreos e bombardeios de artilheria, em uma batalha que autoridades dizem ter matado 413 militantes, 98 membros das forças de segurança e 45 civis.

"O objetivo principal da possível prorrogação é permitir que nossas forças continuem com suas operações sem interrupções de prazos e foquem mais na libertação de Marawi e em sua reabilitação e reconstrução", disse o porta-voz presidencial, Ernesto Abella, lendo uma carta assinada por Duterte.

Um grupo de homens armados estava nesta terça-feira tomando posições no abandonado centro comercial, que foi reduzido a entulho após uma campanha de bombardeios que irritou os moradores que ficaram sem casas ou negócios para os quais voltar.

Duterte apontou uma força-tarefa para reconstruir Marawi, com um orçamento de 394,81 milhões de dólares.

O audacioso ataque por parte de militantes organizados e fortemente armados que declararam lealdade ao Estado Islâmico tem gerado temores de que extremistas possam ter se radicalizado e recrutado mais combatentes do que se pensava anteriormente.

Duterte alertou há tempos que Mindanao enfrentava contaminação pelo Estado Islâmico, e especialistas dizem que partes muçulmanas do sul das Filipinas, predominantemente católico, são terreno fértil para a expansão devido ao histórico de marginalização e negligência.

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