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Filho de líder do Suriname é preso por tráfico de drogas

Dino Bouterse, diretor da unidade antiterrorismo do Suriname, foi preso pela acusação de tráfico de drogas e porte de armas

Desi Bouterse, presidente do Suriname, discursa durante uma sessão de trabalhos da Unasul, em Paramaribo  (Ranu Abhelakh/Reuters)

Desi Bouterse, presidente do Suriname, discursa durante uma sessão de trabalhos da Unasul, em Paramaribo (Ranu Abhelakh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 21h43.

San Juan, Puerto Rico - O filho do presidente do Suriname foi preso por policiais no Panamá e entregue a agentes dos EUA nesta sexta-feira. Dino Bouterse, diretor da unidade antiterrorismo do Suriname, foi preso pela acusação de tráfico de drogas e porte de armas.

A prisão ocorre no momento em que seu pai, Desi Bouterse, também acusado por envolvimento com drogas, recebe a reunião anual da UNASUR, para líderes de países da América do Sul. Autoridades no Suriname anunciaram que o pronunciamento de Desi Bouterse pode ser adiado por várias horas.

O presidente Bouterse é um condenado por tráfico de drogas que foi eleito presidente do Suriname em julho de 2010. Logo após sua posse, Bouterse nomeou seu filho para o cargo de diretor da Unidade Contra o Terrorismo do Suriname, o que levou a pesadas críticas da oposição.

Em agosto de 2012, promotores do Suriname apontaram Dino Bouterse como responsável pelo roubo 50 armas do serviço de espionagem do país. Na época, a polícia acusou Bouterse de viajar para Curaçau para evitar a prisão, embora seu pai tenha afirmado que o filho viajou a trabalho.

Um anos depois, os promotores retiraram as acusações contra o filho do presidente alegando falta de provas.

O presidente, ditador por duas vezes, a primeira delas após um golpe em 1980, foi condenado

em 1999 por tráfico de drogas pela corte da Holanda. Em casa, ele e seus 24 sócios enfrentaram um julgamento pela morte de 15 proeminentes opositores políticos em 1982, mas o caso está parado enquanto o tribunal determina se os acusados estão cobertos pela lei de anistia adotada ano passado.

Bouterse já disse que pretende concorrer a um segundo mandato nas próximas eleições em 2015. A ex-colônia holandesa, localizada na América do Sul, depende economicamente das exportações de ouro e petróleo, embora 70% de sua população viva abaixo da linha de pobreza.

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