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Filho de Jamal Khashoggi deixou a Arábia Saudita, diz HRW

O filho de Khashoggi deixou o país depois que a Procuradoria saudita reconheceu que os acusados do assassinato tinham a intenção premeditada de matar

Khashoggi: O filho e um irmão do jornalista se encontraram há dois dias com o monarca e o príncipe no palácio real para receber condolências (Osman Orsal/Reuters)
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EFE

Publicado em 25 de outubro de 2018 às 15h52.

Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 12h15.

Cairo - Filho do jornalista desaparecido Jamal Khashoggi, Saleh Khashoggi saiu da Arábia Saudita com a família dois dias depois de se reunir com o rei Salman bin Abdul Aziz al Saud e com o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, informou à Agência Efe a ONG Human Rights Watch (HRW).

A diretora para o Oriente Médio da organização, Sarah Leah Whitson, confirmou a decisão de Saleh e afirmou que ele "está agora em um avião" rumo aos Estados Unidos. As autoridades da Arábia Saudita ainda não confirmaram a informação.

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O filho de Khashoggi e um irmão do jornalista, Ahmed Khashoggi, se encontraram há dois dias com o monarca e o príncipe no palácio real para receber condolências oficialmente. Saleh tem dupla nacionalidade (saudita e americana).

De acordo com "SPA", a agência oficial de notícias da Arábia Saudita, a família agradeceu o ato, no entanto, imagens divulgadas pela própria agência mostravam o semblante sério de Saleh ao apertar a mão do monarca e do príncipe, o que gerou todo tipo de comentário.

O filho do jornalista deixou o país no mesmo dia em que a Procuradoria saudita reconheceu que, conforme informações da Turquia, "os acusados deste incidente tinham a intenção premeditada de matar".

As autoridades sauditas mudaram a versão dos fatos algumas vezes, mas o tempo todo negaram que o rei e seu filho soubessem do que aconteceria. Segundo a Procuradoria, Khashoggi morreu em uma "briga" dentro do consulado da Arábia Saudita em Istambul (Turquia).

As autoridades turcas e sauditas ainda não informaram o paradeiro dos restos mortais do jornalista nem esclareceram quem deu a ordem para o assassinato no consulado.

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