Mundo

Fifa quer árbitros que saibam ler o jogo para a Copa de 2014

Atualmente, correr o campo não é suficiente para que o juiz seja bom e que a leitura da partida é fundamental


	A Fifa quer que os melhores árbitros estejam no Brasil
 (Getty Images)

A Fifa quer que os melhores árbitros estejam no Brasil (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 22h00.

Redação Central - O chefe do Departamento de Arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, que nesta semana reuniu em um seminário na Suíça os 52 árbitros pré-selecionados para a Copa do Mundo de 2014, traçou nesta quinta-feira o perfil de juízes que a entidade quer para o evento no Brasil.

''No processo de seleção, o primeiro critério é a qualidade e a personalidade. Não buscamos robôs ou máquinas. A habilidade técnica e a compreensão do jogo é tão importante quanto o nível físico'', afirmou o ex-árbitro suíço em declarações divulgadas pela Fifa.

Busacca acrescentou que, atualmente, correr o campo não é suficiente para que o juiz seja bom e que a leitura da partida é fundamental.

''Os primeiros dez minutos dizem como as equipes encaram a partida. Querem jogar ou não? Temos que entender os jogadores. O futebol hoje se movimenta a uma velocidade muito alta, por isso o árbitro tem que ser valente e tomar uma decisão. O que tentamos passar para eles nesta semana, e tentaremos durante os próximos dois anos, é a uniformidade e a consistência'', acrescentou.

O suíço destacou que a Fifa quer que os melhores árbitros estejam no Brasil, independentemente de em que país tenham nascido.

''Na África do Sul, a imprensa questionou a escolha de um árbitro do Uzbequistão (Ravshan Irmotov) para a partida de abertura, ele acabou dirigindo quatro ou cinco partidas. Não é porque o árbitro é de um país pequeno que ele terá uma atuação inferior, isso é uma falta de respeito'', expôs.

Por sua vez, o fisioterapeuta Mario Bizzini, um dos responsáveis pelo Centro de Pesquisa e Avaliação Médica da Fifa, revelou que, durante uma partida, um árbitro percorre como média 11 quilômetros e toma entre 150 e 180 decisões.

De acordo com Bizzini, na Copa de 2006, a média de idade dos árbitros foi de 42 anos, enquanto na África do Sul, foi de 39. O objetivo é que no Brasil seja de 37.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesFifaFutebol

Mais de Mundo

Apagão cibernético: Governos descartam suspeitas de ataques hacker e mantêm contatos com Microsoft

Apagão cibernético já gerou cancelamento de quase 1.400 mil voos pelo mundo; veja situação por país

António Guterres se diz "decepcionado" após Parlamento de Israel votar contra Estado palestino

Parlamento de Israel votou contra criação de Estado palestino por considerar 'ameaça existencial'

Mais na Exame